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A posse de Joe Biden sob o olhar astrológico

Para quem estuda os céus, olhar o mapa da posse de Joe Biden foi um exercício bem preocupante. Desde pelo menos uma semana antes da data da transmissão do cargo o céu já vinha apresentando configurações bastante tensas e agressivas, e já pudemos ver o resultado disso na impressionante invasão do Congresso norte-americano pela multidão enlouquecida, no dia da confirmação da vitória do democrata.

Um retrato falado da polarização e dos radicalismos que assolaram o mundo nos últimos anos está, digamos, concentrado no mapa do dia 20 de janeiro de 2021. Dois aglomerados no céu, um no signo de Aquário, outro no signo de Touro. Como esses dois signos estão situados a noventa graus um do outro – a chamada quadratura na linguagem astrológica – só poderíamos esperar muita tensão mesmo.

Como este texto está sendo escrito depois de terminada toda a cerimônia, é um alívio saber que nada de mais preocupante aconteceu ao longo do dia. Mas, ao mesmo tempo, esse mapa é o símbolo do estado de espírito que vem prevalecendo nos últimos tempos. E é também o mapa natal da Presidência de Biden, portanto o que está “carimbado” nessa mandala é uma perspectiva ainda tensa para os anos do seu governo. A explosiva conjunção de Urano e Marte formando a tensão com o aglomerado de planetas em Aquário é o maior símbolo do radicalismo e da violência que se apresentam no horizonte dos próximos tempos.

E é importante lembrar que, apesar de sua derrota, Trump deixou uma herança, uma legado de radicalismo que permanece vivo no inconsciente coletivo do povo americano, além de uma quantidade enorme de seguidores que continuarão alimentando esse legado ao longo dos próximos anos. E o presidente mais estranho que já passou pelo cargo fez questão de deixar esse recado, ao afirmar: “Nós voltaremos, não sei como, mas voltaremos.” Uma afirmação nada animadora para quem já vem passando por situações estressantes na nação americana.

O que nos alivia um pouco é aplicar o mapa da posse sobre o mapa do presidente empossado. Ali, vemos que, apesar dessa tensão presente no dia da inauguração, as configurações que se formam ao combinarmos os dois mapas acenam com alguma esperança de que ele consiga implementar muitas das mudanças que apresentou em seu plano de governo.

Quando juntamos os dois mapas, percebemos um forte componente de idealismo e impulso realizador presente nessa combinação. E depois de um governo tão obscuro, individualista e isolacionista como o de Trump, qualquer perspectiva de alguma melhora no campo das relações internacionais já será um alívio para o mundo todo.

É claro que o mapa da posse vai continuar nos “assombrando” durante os anos do governo Biden/Kamala, e certamente seus adversários fornecerão muitos elementos para que essa preocupação seja constante. Mas a esperança de dias melhores se apresenta na bela configuração que forma um aspecto harmônico entre o aglomerado de planetas no signo de Aquário, na posse, e o Netuno do mapa natal de Biden – a maioria das linhas azuis presentes no mapa duplo.

Vamos torcer e esperar por dias melhores, mas isso não será fácil. As linhas vermelhas estão lá para nos lembrar. O que mais nos conforta é que certamente não será pior do que o que vivemos nos últimos quatro anos.

Waldemar Falcão é músico, astrólogo e escritor.

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