Crianças que tiram uma soneca entre o almoço e o começo da tarde costumam ter mais energia para enfrentar a segunda metade do dia do que as que não fazem essa pausa. Esses benefícios são observados por familiares e pais, que compreendem a importância dos cochilos para o humor dos pequenos.

A boa notícia é que essa observação não é apenas sabedoria popular. Estudos abrangentes comprovam que crianças de 10 a 12 anos realmente têm menos problemas comportamentais quando tiram a sesta. Tem uma conexão real entre autocontrole, felicidade e coragem, além do maior QI, entre os que podem tirar sonecas. Na verdade, crianças que dormem após o almoço têm um desempenho escolar significativamente melhor, se destacando também em tarefas de concentração e criatividade.

Problemas de sono nas crianças

Infelizmente a deficiência de sono e a sonolência diurna são problemas generalizados entre crianças e pré-adolescentes. Estima-se que, só nos Estados Unidos, cerca de 20% de todas as crianças são afetadas pela sonolência, que provoca efeitos cognitivos, emocionais e físicos negativos comuns aos maus hábitos de sono.

Em lugares como o Estados Unidos e o Brasil, o hábito de cochilar após o almoço para completamente quando as crianças entram no ensino fundamental. Na China, no entanto, a prática é incorporada à vida cotidiana, continuando até a idade adulta.

A soneca não apenas neutraliza os problemas causados pelos maus hábitos de sono, como também melhora a capacidade das pessoas de pensar claramente durante o restante da jornada. É uma medida de fácil implantação, que não é custosa e traz benefícios imediatos. Além de reduzir o tempo de exposição de crianças às telas de computadores, celulares e o uso massivo de redes sociais, que atrapalham sua capacidade de relaxar e pensar com clareza.

Medidas intervencionistas

No futuro, será possível avaliar se as intervenções pró-cochilos poderiam ser promovidas em escala global. Idealmente, um estudo de controle randomizado poderia levantar as questões causais: se cochilar leva a um melhor desempenho acadêmico ou se esses fatores não estão conectados. Por enquanto, os pesquisadores dizem esperar que os resultados informem o futuro trabalho intervencionista a fim de acabar com a sonolência entre crianças e adolescentes.