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Uma onda de solidariedade em meio à pandemia

De tudo o que temos vivido nos últimos meses, no Brasil e no mundo, podemos tirar um grande aprendizado: o quanto somos – e podemos ser, cada vez mais – solidários. Em tempos de tanto sofrimento, medo, perdas e incertezas, o ato de estender a mão ao próximo tem sido a salvação de muitas famílias. E para isso, movimentos e campanhas têm surgido espontaneamente.

Muitos esforços de solidariedade têm sido feitos entre amigos, vizinhos e colegas de trabalho que vêm se unindo para amenizar o sofrimento daqueles que mais precisam. As ações vão desde a ajuda a profissionais de saúde e compra de material hospitalar, arrecadação de alimentos, roupas, brinquedos e dinheiro até a distribuição de cestas básicas e quentinhas pelas ruas.

 

ATIVAÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, médicos e enfermeiros lutam diariamente para salvar vidas, muitas vezes em condições precárias de trabalho. Foi pensando em todos esses que merecem um olhar mais atento que surgiu o Movimento União Rio, reunindo a sociedade civil e organizações não governamentais. O objetivo  é atender a famílias que estão em área de vulnerabilidade social, hospitais e profissionais de saúde.

No site do União Rio, os números contabilizados até 18 de junho mostram os resultados: mais de R$ 52 milhões doados, 60 leitos de UTI e mais de 300 leitos normais reativados, 75 equipamentos doados para a UFRJ e mais de 191 mil famílias beneficiadas em 237 comunidades. A iniciativa inspirou outros 18 estados do país, que iniciaram movimentos semelhantes, como o União SP, em São Paulo.

Com diversos parceiros e apoiadores, o União Rio tem entre seus gestores o Instituto da Criança e o Instituto Desiderata, que contribuem para a ativação de leitos em hospitais e compra de equipamentos de proteção individual para profissionais que estão na linha de frente. Já o Banco da Providência, o Ekloos e o Instituto Phi colaboram na distribuição de alimentos e itens de limpeza para comunidades.

 

AGASALHOS PARA MORADORES DE RUA

Outro exemplo de solidariedade é a ONG Gerando Falcões, dirigida em São Paulo por Eduardo Lyra. No início da pandemia, a ONG criou um fundo emergencial para ajudar os moradores das favelas que seriam afetados pelo vírus e o desemprego. Teve o apoio de grandes empresários do país e o engajamento de setores da sociedade. Sua campanha “Corona no Paredão, Fome Não” arrecadou mais de R$ 16 milhões, distribuídos em forma de cartão alimentação a mais de 53 mil famílias em favelas de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Espírito Santo.

Em recente entrevista ao Valor Econômico, Lyra alertou para a importância da solidariedade recorrente. “O brasileiro está solidário, mas ainda precisa deixar de fazer ações pontuais só para dormir com a consciência tranquila. Precisa doar com recorrência”, disse ele.

Instituto Bees of Love também tem trabalhado firme nesses tempos de pandemia, promovendo uma série de campanhas na cidade do Rio de Janeiro. Hospitais, abrigos, moradores de comunidades carentes, ONGs de proteção aos animais e pessoas em situação de risco recebem seu apoio. O instituto foi criado por Georgia Buffara em parceria com o Projeto Sem Fome, iniciado pelo economista André Simões e sua filha Eva Bonjean, para matar a fome de moradores de rua no Centro do Rio de Janeiro.

O Bees of Love vem recebendo ajuda de amigos e restaurantes para distribuir diariamente cerca de 200 refeições. A ação conta com a parceria da Fundação Sergio Vieira de Melo e apoio do R.evolution Club, por meio da campanha do agasalho. Criada em parceria com o restaurante Maguje, a campanha vem recolhendo e distribuindo roupas desde maio. Até o fim de junho estará recebendo doações para aquecer os moradores de rua. As entregas devem ser feitas de terça a sexta-feira, das 17h às 22h, e no sábado e domingo, das 12h às 22h, no Maguje, que fica na rua Jardim Botânico, 1.003, no Jockey Club Brasileiro.

Praticar um ato de bondade produz um aumento momentâneo do bem-estar”, disse o psicólogo americano Martin Seligman.

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