O consumo regular de arroz preto pode estar diretamente associado à longevidade e à boa saúde. Conforme ressaltado no artigo Rice antioxidants: phenolic acids, flavonoids, anthocyanins, proanthocyanidins, tocopherols, tocotrienols, γ-oryzanol, and phytic acid, por Piebiep Goufo e Henrique Trindade, estudos epidemológios sugerem que a baixa incidência de certas doenças crônicas em populações que consomem o arroz como elemento básico na alimentação podem estar associadas aos elementos antioxidantes presentes no arroz.
Antioxidantes são moléculas orgânicas que promovem a saúde ao proteger as células do organismo dos danos causados por radicais livres e compostos reagentes a oxigênio. As moléculas com capacidades antioxidantes presentes nas espécies analisadas de arroz incluem ácido fenólico, flavonoides, antocianinas, protoantocianinas, tocoferols, tocotrienols, y-orizanol e ácido fítico.
Dentre as quatro espécies analisadas, avaliadas pela cor, as variedades de arroz preto são as que possuem maior atividade antioxidante, seguidas pelas roxas, vermelhas e marrons, devido ao efeito da cor do grão ainda com a película (antes de ser debulhado) com antocianina e protoantocianidina na composição do arroz. A protoantocianidina, em específico, está presente também em uvas (sementes e peles), maçãs, chocolate, vinhos tintos, mirtilos, airelas, mirtilos, groselhas, avelãs, nozes pecã, e pistaches, sendo um importante elemento de sabor para as variedades pretas de arroz. Ou seja: quanto mais escuro o grão de arroz, mais saudável ele tende a ser.
Além disso, compostos insolúveis figuraram como a maior percentagem de ácidos fenólicos e protoantocianidinas no arroz, o que não é o caso dos flavonoides ou antocianinas. Para maximizar a ingestão de compostos antioxidantes, o arroz deve então ser consumido, de preferência, ainda com o grão integral ou antes de ser debulhado.