O mundo tem hoje cerca de 124 milhões de crianças e adolescentes com obesidade. No Brasil, uma em cada três crianças está com sobrepeso ou obesa. Dados como esses foram reunidos pelo Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes no Brasil, do Instituto Desiderata. O objetivo do estudo é reunir informações que contribuam para entender o problema e enfrentar os desafios para o controle.
Além de representar uma ameaça à saúde, o excesso de peso em crianças e adolescentes pode provocar atitudes de bullying, baixa autoestima e diminuição na frequência escolar. O Panorama da Obesidade relaciona uma série de fatores que podem influenciar a obesidade nessa população jovem, tais como:
• Filhos de mães com diabetes ou pais com obesidade;
• Publicidade Infantil;
• Interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo;
• Prematuridade;
• Acesso a alimentos;
• Atividades físicas;
• Bebês pequenos ou grandes para a idade gestacional;
• Introdução inadequada da alimentação complementar;
• Regulação e taxação de alimentos não saudáveis.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado na revista científica Lancet em dezembro do ano passado revelou que quase um terço da população do planeta vive com sobrepeso. O estudo estima que até 2022 o número de crianças obesas será maior que o de crianças abaixo do peso.
E por que isso está acontecendo? Tem sido cada vez maior o consumo de alimentos processados, ricos em açúcar, gorduras e sal, em detrimento de outros mais saudáveis, como frutas, legumes, verduras e grãos. A alimentação inadequada, segundo o relatório da OMS, faz com que mais de 150 milhões de crianças sofram atraso no crescimento.
Alimentação saudável e colorida
No início deste ano, o Instituto Vencer o Câncer (Ivoc) lançou a campanha Alimentos Tarja Verde para incentivar uma boa alimentação, que contribua para a prevenção de doenças como obesidade e câncer. São recomendados alimentos como abacate, abacaxi, abóbora, alho, salmão, brócolis, cebola, cenoura, espinafre, feijão, gengibre, laranja, limão, maçã, manga, nozes, repolho e sardinha.
Para o Ivoc, é fundamental que pais e responsáveis estejam atentos à dieta das crianças, oferecendo alimentos saudáveis e levando em conta que “quanto menos pacotes forem abertos, melhor para a saúde”. Ou seja, vale muito mais a pena descascar frutas do que abrir embalagens de biscoitos.
São vários os sites e perfis em redes sociais que apostam em dicas e receitas saudáveis e criativas para tornar o dia a dia das crianças saboroso e divertido. Listamos alguns para você se inspirar: