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A boa alimentação previne a inflamação crônica

O sistema imunológico reage de forma semelhante a uma dieta rica em gordura e com alto teor calórico e a uma infecção bacteriana. Em estudo recente liderado pela Universidade de Bonn foi comprovado que as respostas do organismo à alimentação ruim tendem a tornar essa resposta cada vez mais agressiva a longo prazo. Mas organismos muito comprometidos, viciados em fast food, tendem desenvolver uma estimulação imunulógica inata, que não pode ser revertida mesmo com a incorporação da alimentação saudável na dieta.

Superexposição às inflamações

Isso acontece porque o fast food faz com que o corpo acione suas defesas automaticamente, de forma que a superexposição a esse tipo de alimento leva a uma reprogramação genética do sistema imunológico. Inflamações agudas podem ser revertidas com a mudança dos hábitos alimentares, mas não são capazes de desativar os genes em organismos já comprometidos. Nesses casos, ocorrem respostas inflamatórias crônicas, que levam a doenças graves.

Descobertas científicas recentes apontaram que o sistema imunológico possui uma forma de memória. Após uma infecção, o corpo permanece em estado de emergência, de prontidão para um novo ataque. Quando esse alarme é acionado repetidas vezes através de alimentos pouco saudáveis, ocorre um desgaste natural na sensibilidade.

Na pesquisa em questão os cientistas foram capazes de identificar o “sensor de fast food” nas células do sistema imunológico. Eles examinaram células sanguíneas de 120 indivíduos. Em alguns dos indivíduos, o sistema imunológico inato parecia estar completamente viciado. Nesses casos, os pesquisadores encontraram evidências genéticas do envolvimento de inflamassoma.

Os inflalammassomas são complexos-chave de sinalização intracelular que reconhecem agentes infecciosos e outras substâncias nocivas. Como consequência, liberam mensagens altamente inflamatórias para organismo.

Alterações genéticas

Além da resposta inflamatória aguda, foram identificadas consequências a longo prazo nas respostas do sistema imunológico. A ativação pela dieta ruim muda a maneira pela qual a informação genética é armazenada. O material genético é armazenado no DNA. Cada célula contém vários filamentos de DNA, que juntos têm cerca de dois metros de comprimento. Apesar dessa escala parecer grandiosa, eses filamentos são tipicamente envolvidos em algumas proteínas no núcleo celular. Portanto, muitos genes no DNA não podem ainda ser lidos com a tecnologia contemporânea.

A alimentação pouco saudável faz com que alguns desses fragmentos de DNA normalmente ocultos se desenrolem, causando alterações epigenéticas. O inflamassoma desencadeia essas mudanças epigenéticas, levando o sistema imunológico a uma resposta desproporcional à dimensão do “ataque”.

Estas respostas inflamatórias podem acelerar o desenvolvimento de doenças vasculares ou diabetes tipo 2. Derrames e ataques cardíacos também estão relacionados a essas inflamações.

Pesquisas como essa reforçam a necessidade de hábitos alimentares saudáveis serem incutidos desde cedo. Decisões conscientes devem ser tomadas em prol da melhora da alimentação, evitando assim doenças crônicas. Dessa forma, populações inteiras podem melhorar sua expectativa de vida e evitar dietas pouco saudáveis.

 

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