O corpo e a mente formam uma unidade e dependem um do outro para manter a saúde, tanto física como emocional. Por isso, o papel das emoções no surgimento de doenças como o câncer é cada vez mais estudado por cientistas em todo o mundo.
Emoções descontroladas e estresse podem levar ao desenvolvimento de tumores e outros males. Embora os fatores de risco para o câncer de mama sejam bem estabelecidos pela medicina – tais como genética, alimentação, aspectos biológicos e ambientais – há diversas evidências do impacto das emoções sobre o desenvolvimento da doença.
A psiconeuroimunologia – ciência que estuda a relação entre as emoções, o sistema nervoso e as funções orgânicas – vem demonstrando que somos seres integrados, cujos pensamentos e emoções influenciam a química, os hormônios e o funcionamento do sistema imunológico.
Aplicando a biopsicologia e a psicologia transdisciplinar em atendimentos clínicos, venho percebendo o quanto esse trabalho de integração do ser humano é importante, pois unindo corpo, mente, emoções e espiritualidade, acolhemos cada indivíduo como um todo, respeitando sua história de vida e suas singularidades.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular mostrou que 54% das mulheres com histórico de câncer de mama apontaram fatores emocionais – como tristeza, mágoa e rancor – como causas da doença. E você? O quanto tem permitido que suas emoções controlem sua vida?
O estresse é outro fator de grande importância, tanto por estar associado ao surgimento do câncer, como por agravar o processo cancerígeno. Quando estamos estressados, o organismo libera cortisol, hormônio que em excesso enfraquece o sistema imunológico, podendo produzir modificações na estrutura e na composição química do corpo. Isso provoca uma desorganização nas células, contribuindo para o desenvolvimento do câncer.
A mente não se desliga do corpo nem por um segundo. Estamos sempre conectados a conteúdos internos e, em sua grande maioria, inconscientes. Todo pensamento gerado vem com uma emoção e com uma carga energética que reverbera por todo o corpo. E quando negamos ou não reconhecemos nossas emoções, elas começam a dar sinais em nosso corpo. A doença é um sinal, um alerta de que precisamos mudar alguma coisa no roteiro de nossa vida.
A primeira ação é mudar sua atitude perante a vida. Digo atitude, e não apenas o pensamento. Ser mais otimista, adotar um estilo de vida saudável, gerenciar o estresse, encontrar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Cuide-se! Você é único e muito especial.
Renata Salles de Moraes é psicóloga transdisciplinar, biopsicóloga e instrutora de ioga e meditação.
