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A virada de quem trocou a cidade pelo campo

Se para todo mundo a pandemia impôs alterações na rotina, como práticas de isolamento e trabalho à distância, para muitos representou também um gatilho para dar uma guinada na vida: trocar a cidade pelo campo. Em geral, a mudança para o ambiente rural era algo já cogitado que a crise sanitária ajudou a impulsionar. E o que parecia uma perspectiva remota ganhou vulto e se concretizou.

A atriz e terapeuta Marisol Ribeiro conta que o desejo de sair de São Paulo era antigo e que antes da pandemia começou a ter premonições de que ficaria trancada em casa. Veio, de fato, o isolamento e logo ela descobriu que estava grávida. Em sua Escola Onda, de transformação pessoal, os cursos passaram a ser online. Foram motivos suficientes para que ela e o marido, o artista plástico Fernando Mira, pegassem o carro e saíssem à procura de um lugar aprazível nas serras dos arredores.

“Foi quando me lembrei que na adolescência havia passado um fim de semana maravilhoso com amigos em São Francisco Xavier”, diz Marisol. “Encontramos ali uma atmosfera maravilhosa, bem peculiar.” Em junho, os dois se mudaram para uma casa cercada de verde. Fernando passou a ter um ateliê mais amplo e a filha, Jolie, nasceu em janeiro para colorir ainda mais a vida do casal. A atriz não tem dúvida: “Para São Paulo a gente não volta.”

Com a autoridade de terapeuta holística que trabalha com cura energética, Marisol afirma: “A natureza é um espelho. Reflete muito o que a gente está sentindo. Nossos sentimentos ficam mais aflorados, o que é bom para a evolução e crescimento pessoal.” Ela vai ainda mais longe: “A forma como estávamos vivendo como sociedade faliu. Esta é uma era em que teremos mais facilidade de conquistar felicidade se soubermos buscar. É hora de olhar para o centro e pensar: o que eu quero?”

 

NOVO CONTRATO PROFISSIONAL FACILITOU DECISÃO

Igualmente impulsionado pelas restrições da pandemia, o casal Manoela Couto da Rosa e Luís Carlos Rocha também não sabia ao certo para onde iria quando tomou a decisão de deixar o Rio. Entre as opções analisadas estavam Visconde de Mauá (RJ/MG) e Domingos Martins (ES). Durante meses, os dois estudaram as possibilidades. Em fevereiro, passaram alguns dias em Albuquerque, Teresópolis (RJ), que acabou sendo o lugar escolhido.

Eles se mudaram em abril para uma casa situada em área de reserva florestal. E as primeiras impressões são as melhores. “Ouço pássaros de manhã, piso na grama, tenho o sol e o céu mais presentes”, enumera a psicóloga Manoela. Para Luís, analista de sistemas da Valle, a iniciativa da empresa de oferecer a assinatura de um contrato diferente a funcionários de carreiras não operacionais, permitindo-lhes o trabalho remoto, foi fundamental para a decisão de mudar.

Morando juntos há três anos, os dois contam que vinham notando uma deterioração da vida no Rio, embora morassem num apartamento agradável no Bairro Peixoto, um apêndice de Copacabana. “Com a pandemia, a situação ficou mais crítica ainda e a vontade de sair ficou mais forte”, diz Luís.

 

MUDANÇA PARA MAUÁ É REALIZAÇÃO DE SONHO ANTIGO

Para os paulistas Sérgio Franco e Giuliana Audra, a decisão de se mudar para o campo foi mais gradual, embora também inesperada. Em março do ano passado, a pandemia os levou a se refugiar com os três filhos no sítio da mãe dela, em Visconde de Mauá. O que a princípio era uma solução transitória acabou se tornando uma escolha definitiva. A família está montando casa na região.

Os dois frequentavam Mauá há muito tempo e pensavam em morar ali. O objetivo de oferecer uma boa educação aos filhos os mantinha em São Paulo, mas a insatisfação com a qualidade de vida naquela cidade já os levara para Florianópolis. Estavam há pouco mais de um ano na capital catarinense quando veio a pandemia, que precipitou a ida para a serra. “Morar aqui sempre foi uma opção para nós”, diz Sérgio. “Sabíamos que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.”

Violonista e professor universitário de música, Sérgio tem trabalhado remotamente. Flautista e educadora musical, Giuliana interrompeu o doutorado para dar conta da adaptação da família à rotina no campo. Em casa, ambos procuram reforçar a educação dos gêmeos Vicente e Lorena, de 11 anos, e do caçula Nuno, de 8. As crianças estão estudando em escola pública.

A família incorporou novas atividades à rotina. Sérgio está descobrindo a marcenaria, que desperta também o interesse de Vicente. Giuliana cultiva uma horta com ajuda das crianças. Se certas facilidades da vida urbana ficaram para trás, a educadora não tem dúvida de que a vida no campo traz muitos benefícios. “O contato com a natureza permite um aprendizado pleno”, avalia. “Perde-se por um lado, mas ganha-se por outro.”

Bruno Casotti é jornalista e tradutor.

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