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As barreiras sociopsicológicas para a alimentação vegana

Apenas 5 a 10% das pessoas em todo o mundo aderem a uma dieta baseada somente em vegetais, enquanto a grande maioria busca consumir ainda mais carne. No entanto, cada vez mais pessoas se identificam como onívoros em conflito. Elas comem carne, mas se sentem mal por isso. Por que tantos de nós hesitamos em aderir essa dieta quando temos à disposição uma quantidade crescente de pratos à base de plantas?

Existem barreiras psicológicas à vida sem carne, mesmo que não sejam pragmáticas. Essas barreiras são como pequenas paredes, facilmente escaláveis, mas altas o suficiente para retardar nossas escolhas.

 

Conflitos morais

Talvez a barreira mais óbvia que enfrentamos seja nossa forte preferência pelo sabor da carne. A transição para o consumo de carne foi um capítulo significativo na evolução de nossa espécie. Quando nossos hábitos de comer carne são desafiados por uma motivação oposta, como nossa aversão à crueldade animal, experimentamos uma sensação desconfortável de conflito psicológico. O meio mais fácil de fazer isso envolve mudar nossas percepções e crenças, e não nosso comportamento.

Isso acontece porque não conseguimos incutir uma noção moral mais elevada apenas nos expondo a fatos. As pessoas derivam seu senso de certo e errado intuitivamente, e não racionalmente. Os indivíduos que confiam mais fortemente na intuição tendem a ter convicções morais mais fortes do que aqueles que se baseiam em dados concretos.

É importante ressaltar que as razões influenciam nosso comportamento em outros contextos, como a tomada de decisões econômicas e a escolha do consumidor. Curiosamente, elas simplesmente não parecem importar muito para o nosso senso moral.

Um passo importante

Ainda existem muitas barreiras psicológicas quanto ao uso das plantas como base na alimentação, não é de se admirar porque a maioria de nós ainda coma carne. Como espécie, estamos conectados para reduzir o conflito que sentimos sobre nossos hábitos de comer carne. Também estamos dispostos a construir nossa moralidade intuitivamente, em torno de normas e intuições, em vez de razões e argumentos, tornando-nos menos sensíveis aos argumentos a favor do vegetarianismo ético.

Certamente, esses erros em nossa natureza podem ser superados, como ocorreram ao longo da história do progresso social e moral. À medida que uma visão periférica se torna mais difundida, ela atinge um ponto crítico, acelerando e derrubando o status quo. Precisamos persistir nesse sentido.

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