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Biofilme feito de kombucha rende prêmio a brasileiros

Dois jovens designers brasileiros estão entre os 86 ganhadores do if Design Talent Award, disputado este ano por 5.300 projetos de 49 países. Gislaine Lau, de 22 anos, e Felipe de Carvalho Ishiy, de 24, conquistaram o prêmio por terem criado um biofilme resistente e biodegradável feito de bactérias e fungos. Como substrato para o crescimento de microorganismos, eles utilizaram a kombucha.

Gislaine e Felipe foram os únicos candidatos da América Latina contemplados este ano com o prêmio, chamado de “Oscar do design” para jovens talentos. Em declaração oficial, o júri formado por 43 especialistas de diferentes países considerou o projeto “bem pensado, inteligente, inovador e bastante útil na vida real”.

O biofilme bacteriano pode ser usado em móveis estofados no lugar do couro, com o qual se assemelha. Foi desenvolvido para o projeto que os dois jovens apresentaram como trabalho de conclusão do curso (TCC) de design da Universidade Federal do Paraná (UFPR): uma poltrona de metal com estofado de algodão orgânico, forrada com o novo material, descrito também como biotecido.

“Para escolher o tema do nosso TCC, pensamos em como o design contribui para a exploração dos animais, fenômeno que afeta principalmente a indústria do couro e de pele”, disse Gislaine ao site Agência Escola, da UFPR. “Então, pensamos em produzir um material que não promovesse a crueldade animal e que substituísse o couro.”

Felipe acrescentou: “O nosso produto é um projeto conceito, com objetivo de trazer uma reflexão. Ao criar a poltrona, queremos carregar a ideia de que um móvel, por vezes, é planejado totalmente a partir do couro. Com um assento feito com o biofilme, buscamos mostrar que não é preciso ferir um animal para ter um produto bonito e inovador.”

 

PERSPECTIVAS ANIMADORAS PARA NOVOS PRODUTOS

Os resíduos de kombucha são a base para os microorganismos se reproduzirem e darem origem ao biofilme, cuja formação demora em torno de duas semanas. “Depois a gente coloca para secar e dá a textura que desejar para o material”, explicou Gislaine à Gazeta do Povo.

Geralmente feita de chá e açúcar, a kombucha é uma bebida fermentada em anda em alta por conta de seus benefícios à saúde. “Por causa de sua fermentação, ela forma um biofilme em sua superfície e é esse material que utilizamos”, disse Gislaine, explicando que foram adicionados outros resíduos na fabricação do material, como borra de café e restos de cana-de-açúcar.

Para criar o biotecido, os dois jovens fizeram pesquisas nas áreas de biodesign – que utiliza organismos e ecossistemas para o desenvolvimento de produtos – e design ativismo, que questiona o status quo a partir da produção.

Para o trabalho de conclusão do curso, eles tiveram a supervisão da professora Elisa Strobel e consultaram especialistas em nanocelulose. Elisa afirmou que materiais como o que eles criaram representam perspectivas animadoras para novos produtos.

“Algumas das propriedades dos biofilmes descritas nos trabalhos acadêmicos são alta resistência à tração, relativo baixo custo e estabilidade térmica”, disse a professora. “As aplicações mencionadas em artigos abrangem móveis, embalagens, estruturas arquitetônicas tênseis, materiais de performance e até joias.”

Gislaine e Felipe chamaram várias pessoas para testar o biofilme e compará-lo com os couros natural e sintético. Em cheiro, maciez e outras características, o biofilme ganhou de outros materiais. Os dois pretendem agora utilizá-lo em bolsas, carteiras e outros objetos. “Esse material pode ser usado basicamente em tudo que é de couro, com o cuidado de não molhar”, afirmou Gislaine.

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