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Ciência para fazer os outros gostarem de você

Há décadas cientistas tentam identificar o que leva uma pessoa a gostar de outra. O jornal britânico The Independent se baseou em uma série de estudos sobre o tema para listar quinze truques psicológicos que podem ajudar você a entender melhor seus amigos, bem como a estabelecer nova relações, conquistando a amizade de outras pessoas.

  • Copie a pessoa com a qual você está: Essa estratégia se chama espelhar-se. Ao falar com uma pessoa, tente copiar sua linguagem corporal, seus gestos e suas expressões faciais. O “efeito camaleão” foi documentado em 1999 por cientistas da Universidade de Nova York e, segundo eles, essa imitação torna mais fácil gostar. Eles puseram 72 homens e mulheres para conversar com pessoas orientadas a imitá-los ou não. Ao final da interação, constataram que participantes demonstraram gostar mais daqueles que haviam imitado seu comportamento.
  • Passe mais tempo com pessoas das quais você espera se tornar amigo. O “efeito mera exposição” indica que as pessoas tendem a gostar daqueles que lhe são familiares. Psicólogos da Universidade de Pittsburgh pediram a quatro mulheres para se comportarem como estudantes numa sala de estudantes de psicologia. Quando os estudantes foram apresentados a fotos das quatro mulheres, demonstraram maior afinidade por aquelas que eles haviam visto com mais frequência, mesmo que não tivessem interagido com nenhuma delas.
  • Elogie outras pessoas. Uma pessoa irá associar a você os adjetivos que você usa para elogiar outras pessoas. Esse fenômeno é chamado de transferência espontânea de característica. Um estudo publicado na Journal of Personality and Social Psychology constatou que isso ocorre mesmo quando a pessoa sabe que certas características não correspondem às pessoas sobre as quais você falou. O inverso também é válido, ou seja, se você falar mal de outras pessoas, será associado a qualidades negativas.
  • Tente mostrar emoções positivas. Contágio emocional é o que acontece quando uma pessoa é fortemente influenciada pelo humor de outra. De acordo com uma pesquisa das universidades de Ohio e Havaí, as pessoas podem sentir inconscientemente as emoções daqueles que estão por perto. Os pesquisadores disseram que possivelmente isso acontece porque naturalmente imitamos os movimentos e expressões faciais dos outros, o que, por sua vez, nos faz sentir como eles estão sentindo. Comunique emoções positivas àqueles que você quer que se sintam felizes quando estão com você.
  • Seja cordial e competente. Psicólogos da Universidade de Princeton constataram que as pessoas avaliam outras com base em cordialidade e competência. Segundo eles, se você demonstra essas qualidades, as pessoas sentem que podem confiar em você. Quando uma pessoa ocupa um cargo elevado, por exemplo, os outros tendem a respeitá-la. Para Amy Cuddy, psicóloga de Harvard, é importante demonstrar primeiro cordialidade, depois competência, principalmente em ambientes de negócios.
  • Revele seus defeitos de vez em quando. As pessoas gostarão mais de você se você cometer um erro, mas só se elas acreditarem que você é competente. Isso é chamado de “efeito trambolhão”. Quando você revela que não é perfeito, torna-se mais acessível e vulnerável para quem está por perto. Num teste, o pesquisador Elliot Aronson, da Universidade do Texas, constatou que estudantes simpatizaram mais com pessoas que tiveram bons resultados, mas derramaram café no fim do teste do que com aquelas que tiveram bons resultados mas não derramaram café.
  • Enfatize valores compartilhados. De acordo com um estudo clássico do psicólogo americano Theodore Newcomb (1903-1984), as pessoas são mais atraídas por quem é semelhante a elas. Isso é conhecido como o efeito da atração pela similaridade. Newcomb mediu as atitudes de pessoas em relação a tópicos controversos, como sexo e política, e depois as reuniu numa casa para conviverem. Ao fim da convivência, elas demonstraram gostar mais daquelas que tinham atitudes semelhantes em relação aos tópicos analisados.
  • Sorria. Num estudo da Universidade de Wyoming, quase cem universitárias olharam fotos de outras mulheres sorrindo ou não sorrindo, em diferentes posições. Independentemente da posição, elas gostaram mais daquelas que sorriam. Outro estudo mostrou que quando você sorri ao ser apresentado a alguém, é mais facilmente lembrado por essa pessoa.
  • Veja o outro como ele quer ser visto. As pessoas querem ser percebidas de maneira condizente com o que acreditam que são. Esse fenômeno é chamado de teoria da autoverificação. Todos nós buscamos confirmações de nossas visões, sejam elas positivas ou negativas. Uma pesquisa sugere que quando as crenças das pessoas sobre nós são semelhantes às nossas próprias crenças, nossas relações com elas fluem mais suavemente. Provavelmente isso acontece porque nos sentimentos compreendidos, o que é um componente importante para a intimidade.
  • Conte um segredo. Esta pode ser uma das melhores técnicas para construir uma boa relação. Num estudo envolvendo várias universidades americanas, estudantes passaram 45 minutos conversando, individualmente, com outros estudantes. Alguns desses outros foram orientados a fazer perguntas cada vez mais profundas e pessoais. No fim, os participantes se sentiram mais próximos daqueles que haviam feito perguntas mais pessoais do que com aqueles com os quais haviam conversado sobre amenidades.
  • Mostre que você pode guardar segredo. Dois experimentos conduzidos por pesquisadores de universidades dos EUA e Cingapura constataram que as pessoas valorizam a confiabilidade nas relações, bem como a honestidade e a lealdade. Segundo Susanne Degges-White, da Northern Illinois University, essas qualidades “foram identificadas como as mais vitais no reino da amizade”.
  • Mostre senso de humor. Pesquisadores da Illinois State University e da California State University verificaram  que o senso de humor é importante nas relações, inclusive as românticas.
  • Deixe a pessoa falar sobre si mesma. Pesquisadores de Harvard descobriram que falar sobre si mesmo pode ser inerentemente gratificante, da mesma maneira que comida, dinheiro e sexo o são. Num estudo com base em imagens de ressonância magnética, os participantes que falaram mais abertamente sobre si próprios mostraram mais atividade nas regiões do cérebro associadas a motivação e satisfação. Deixar uma pessoa falar da própria vida – em vez de você falar da sua – pode dar a ela melhores lembranças sobre a interação que vocês tiveram.
  • Seja um pouco vulnerável. Um estudo da Illinois State University e da California State University – já citado acima – mostrou que expressividade e exposição de emoções são características desejáveis e importantes quando se está com alguém, seja um amigo ou um par romântico.
  • Aja como se gostasse. Psicólogos conhecem há algum tempo um fenômeno chamado “reciprocidade do gostar”. Quando pensamos que uma pessoa gosta de nós, tendemos a gostar dela. Num estudo de 1959, os pesquisadores disseram a alguns participantes que provavelmente algumas pessoas do grupo de discussão gostariam deles, e as escolheram aleatoriamente. Ao fim da discussão, os participantes  indicaram que gostavam mais justamente dessas pessoas.

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