A chegada de um novo ano está próxima e o espectro da pandemia continua a pairar sobre o planeta. A crise sanitária nos levou a novos padrões de comportamento e a diferentes expectativas no trabalho. Para muitos, gerou a oportunidade de escolher quando e onde trabalhar, modificando o ambiente profissional e, não raro, equilibrando melhor as vidas pessoal e profissional.
Ainda que em áreas como saúde, segurança e transportes o trabalho continue em grande parte centralizado e localizado, é provável que também os profissionais desses setores sejam influenciados pelas transformações no ambiente de trabalho. É o que afirma a Forbes em artigo no qual aponta o que seriam as cinco maiores tendências para o ambiente de trabalho em 2022:
- Trabalho híbrido: Embora os antigos modelos continuem a existir, é provável que em 2022 possamos escolher aquele que mais se encaixa em nossas necessidades e não sejamos obrigados a nos alinhar com o modelo que o empregador considere necessário. O modelo híbrido também se aplica a empresas com escritórios centralizados, que podem oferecer estações de trabalho à distância. Outras poderão eliminar totalmente os escritórios e adotar espaços de coworking.
- Inteligência artificial: Tende a ser usada para automatizar funções repetitivas e permitir que os trabalhadores se dediquem a áreas que exigem um tratamento mais humano, ou seja, que exigem criatividade, estratégia de alto nível e inteligência emocional, entre outras qualidades. Advogados poderão usar tecnologia para revisar históricos, economizando tempo. Médicos também contarão com recursos tecnológicos para exames e diagnósticos. Em lojas, a inteligência artificial poderá ser usada em planejamento de estoque, logística e até ajudando a prever o que os clientes estão procurando ao entrarem pela porta.
- Resiliência: Se antes da pandemia a prioridade estava especialmente na eficiência, agora o foco está mais na resiliência. E se habilidades redundantes ou sobrepostas eram sinal de ineficiência, hoje são consideradas uma precaução sensata. Estratégias de saúde e bem-estar passaram a fazer parte do planejamento, e um desafio das empresas é cuidar da saúde física e mental de seus funcionários e, ao mesmo tempo, alcançar os objetivos e não parecer que está invadindo a privacidade dos trabalhadores. A saúde e eficiência deles exigem processos mais flexíveis, que se tornam cada vez mais importantes.
- Menos foco em funções, mais foco em habilidades: As habilidades são importantes porque envolvem os grandes desafios do negócio, reunindo competências necessárias. Já as funções dizem respeito ao modo como os indivíduos se relacionam com a estrutura e a hierarquia. Com o foco nas habilidades, as empresas consideram que resolver problemas é crucial para a inovação e o sucesso. Para o trabalhador, significa estar mais bem posicionado para novas oportunidades.
- Monitoramento de funcionários: Cada vez mais, empregadores investem em tecnologia para monitorar funcionários a fim de aumentar a eficiência. A plataforma Aware permite o monitoramento por e-mail. Já o Slack é uma ferramenta para medir a produtividade. Ambos são recursos úteis para supervisionar trabalhos remotos. Pode parecer autoritário ou invasivo? Sim, mas a intenção seria alcançar pontos de vista amplos sobre o comportamento da força de trabalho, em vez de focar em atividades individuais, e impor disciplina. Se isso resultar em perda de liberdades individuais, o resultado não será bom, mas esse tipo de tecnologia vem se apresentando como promissor.