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É hora de praticar o desapego

Desde pequenos, somos ensinados que apego é sinônimo de proteção e segurança. O apego do filho com a mãe, da criança com os brinquedos e com o ambiente.

O alimento, a proteção, o amor, tudo isso vem do outro, do externo. Não somos acostumados a praticar o amor-próprio, a encontrar nossas próprias ferramentas de sobrevivência. E isso reflete na vida adulta, onde ficamos “aprisionados” a pessoas, coisas ou situações, como se somente o outro pudesse preencher as nossas carências e nos ajudar a encarar os problemas.

O bebê se apega ao “cheirinho”, à chupeta, ao ursinho. Quando perde, chora, fica inconsolável, mas dura pouco. Isto porque ele está aprendendo sobre o desapego. É mais fácil para um bebê do que para um adulto, que passou uma vida inteira utilizando bengalas emocionais, aprendendo que apegar-se é bom.

O apego é uma dependência emocional tão grande que, ao mesmo tempo que nos conforta e nos protege, impede o uso de nossa força interior para a realização de mudanças. Quando nos apegamos, buscamos conforto e segurança. Mas esta sensação impede o fluxo natural da vida e demonstra uma forte resistência à mudança. E se estamos buscando conforto e segurança no externo, a chance de sairmos machucados é infinitamente maior do que quando desenvolvemos e reconhecemos nossas forças, recursos valiosos que já estão em nós.

Precisamos desenvolver o amor-próprio e a autocompaixão. Olhar com carinho e gentileza para dentro e perceber que podemos ser nosso próprio consolo, nossa própria luz e nos guiar pela nossa própria bússola.

O desapego é necessário para o crescimento interior. Desapegar-se não significa falta de amor ou insensibilidade, mas amar-se em primeiro lugar. É aceitar a dor, é permitir que ela venha para que você floresça novamente.

Desapegar-se é abrir um novo caminho de possibilidades, é tornar-se inteiro e fortalecer o que já está dentro de nós. Desapegar-se não é desistir, mas compreender que podemos viver com nossos próprios recursos, e não depender de nada nem de ninguém para sermos plenos.

Por Cintia Suplicy, psicóloga e mentora de felicidade

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