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Carne vegetal em restaurantes salvou 700 mil animais

Restaurantes que oferecem alternativas à carne – as chamadas carnes vegetais ou carnes alternativas – conseguiram salvar mais de 700 mil animais no ano passado. A constatação foi feita em uma pesquisa da World Animal Protection, organização internacional sem fins lucrativos.

Segundo o estudo, foram poupados 212 mil porcos, 92 mil vacas e 405 mil frangos. A estimativa foi feita com base no número de produtos que precisam ser vendidos para representar a quantidade de carne aproveitada em um animal. Foram considerados produtos de duas grandes marcas: Impossible Foods e Beyond Meat.

“Definitivamente, restaurantes estão tentando atender à crescente procura por produtos à base de plantas oferecendo alternativas à carne em seus cardápios”, disse Maha Bazzi, gerente da World Animal Protection nos EUA, ao USA Today. “Espera-se que a indústria mantenha o curso em 2022 enquanto alternativas à carne evoluem e se tornam mais amplamente acessíveis.”

O crescimento do consumo de carnes alternativas vem sendo associado ao número cada vez maior de opções para veganos e vegetarianos oferecidas em grandes redes de fast food. Este ano, a KFC lançou um frango plant-based em suas lojas nos EUA. Já o Subway começou a oferecer proteínas vegetais no Reino Unido e na Irlanda. No Pizza Hut, a linguiça vegetariana passou a fazer parte do cardápio.

Recentemente, o McDonald’s anunciou que ampliará os testes com seu hambúrguer vegetal, o McPlant, passando a oferecê-lo em seiscentas lojas de San Francisco e Dallas a partir deste mês.

 

ADVOGADA LEVANTA SUSPEITAS SOBRE PESQUISA

Nos Estados Unidos, produtos da Impossible Foods são vendidos no Burger King e em outras redes de fast food. Já os alimentos da Beyond Meat são encontrados em redes como Pizza Hut e Subway. Esta empresa lançou um número recorde de produtos vegetais no segundo semestre do ano passado, incluindo salsicha, nuggets e almôndegas. Seu presidente, Dennis Woodside, considerou excelente a receptividade dos consumidores.

Numa pesquisa de opinião realizada pela empresa Harris Poll, 52% dos americanos entrevistados disseram acreditar que o futuro da alimentação está nos vegetais e 51% afirmaram que experimentaram ou gostariam de experimentar uma dieta flexitariana – ou seja, uma dieta predominantemente vegetariana com consumo eventual de carne.

Numa outra pesquisa, realizada pela Pilpsay, 54% dos mais de 30 mil americanos ouvidos disseram ter provado carnes alternativas em redes de fast food populares. E 39% dessa parcela se identificaram como carnívoros.

Em artigo para a Forbes, a advogada de saúde pública Michele Simon, especialista em indústria de alimentos e defensora de políticas alimentares, levantou suspeitas sobre as informações da pesquisa realizada pela World Animal Protection. Segundo ela, nesta e em outras pesquisas do tipo divulgadas, não há dados suficientes para mostrar uma mudança de comportamento do consumidor.

Preocupações com saúde e com a preservação do planeta também têm sido consideradas motivos para o consumo menor de carne. A pecuária resulta em emissão de gases do efeito estufa devido a desmatamentos e ao metano presente na flatulência do gado.

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