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Eduardo Lyra, um campeão da solidariedade

O empreendedor social Eduardo Lyra tornou-se um fenômeno nacional que vem colecionando sucessos e admiradores, e por motivos mais do que justos. Criada em 2013, quando ele tinha 25 anos, sua ONG Gerando Falcões é hoje uma plataforma de impacto social que realiza projetos culturais e educacionais em mais de trezentas favelas brasileiras. Seu entusiasmo e empenho contagiam ricos e pobres. Não por acaso, só nos últimos dois anos, ele levantou cerca de R$ 30 milhões com os quais vem ajudando os mais pobres dos pobres.

Sua agenda atribulada está agora focada no projeto Corona no Paredão, Fome Não, que este ano já distribuiu R$ 5 milhões em cestas básicas para ajudar brasileiros carentes a atravessar a inédita crise vivida no país. Semana passada, ele anunciou que o Banco Inter contribuiu com R$ 1 milhão, dobrando a quantia doada por colaboradores e clientes. Ao R.evolution Club, Lyra fala sobre esse trabalho e a importância da empatia – algo que ele esbanja:

“A pandemia nos ensina de uma forma muito dura a ter mais empatia com quem está ao nosso redor. A necessidade de isolamento social não se aplica tão facilmente a quem mora na favela. Essas pessoas estão desassistidas pelo governo, sem auxílio emergencial, e precisam colocar comida na mesa de casa. Sinto que os brasileiros estão se unindo para ajudar quem realmente precisa.”

Para chegar a quem precisa, Lyra desenvolve tecnologias junto a parceiros e apoiadores e usa o jogo de cintura de quem foi criado na comunidade de Jardim Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Foi ali que adquiriu qualidades que enumera: “resolver problemas complexos, ter resiliência nas privações relacionadas à desigualdade social, equilíbrio emocional para sobreviver às guerras e capacidade de criar relacionamentos.”

 

INFÂNCIA EM BARRACO DE CHÃO DE TERRA BATIDA

Hoje, Lyra tem acesso a alguns dos maiores pesos pesados da economia nacional. Entre seus admiradores está Guilherme Benchimol, CEO da XP, que afirmou: “Quem tem fome tem pressa, e o papel das empresas nesse momento do país é determinante para mitigar os impactos de uma crise como essa. Estamos fechados com Edu para transformar a realidade atual em que 80% das famílias nas favelas dependem de doações para se alimentar.”

Filho da diarista Maria Goreti e do ex-presidiário Márcio Luiz, condenado por assalto a banco, Lyra passou os primeiros oito anos de vida num barraco de chão de terra batida. Os primeiros nove meses foram dentro de uma banheira de plástico azul, por falta de berço.

Na infância, as visitas ao pai no presídio eram frequentes. Márcio Luiz foi libertado quando Lyra tinha 8 anos. Hoje, é um avô coruja que pratica corrida com o filho. A família se mudou para Poá, na região metropolitana de São Paulo. Lyra vive com a mulher, Mayara, que lhe ajudou a fundar a Gerando Falcões; a enteada Lara, de 12 anos; e a filha Luiza, de 2.

Graças a dona Goreti, o garoto não caiu no crime, como aconteceu com um amigo de infância que ele conseguiu resgatar da marginalidade. Da mãe, costumava ouvir: “Filho, não importa de onde você vem. O que importa é para onde você vai, e você pode ir para onde quiser.”

 

RENDA COM LIVRO PERMITIU CRIAR A ONG

Lyra tentou jogar futebol profissionalmente e chegou a cursar jornalismo. Trancou a matrícula para escrever Jovens falcões (Novo Século). Publicado em 2011, o livro aborda a vida de 14 jovens para mostrar o valor da educação intuitiva na favela.

De porta em porta, percorrendo favelas e periferias, o jovem vendeu mais de 5 mil exemplares do livro – a R$ 9,90 cada. Foi assim que conseguiu juntar dinheiro para criar a Gerando Falcões. E assim começou a oferecer na favela onde morava o que nunca teve: aulas de canto, basquete, dança, percussão e boxe. São ferramentas para as crianças desenvolverem inteligência emocional e autoestima, afirma. Hoje, a ONG é, na verdade, uma rede de ONGs que investe também em capacitação profissional para jovens e adultos. A meta é alcançar 1.200 comunidades.

Um momento de virada aconteceu num jantar na casa de Patrícia Vilela Marino, acionista do Itaú. Lyra saiu de Poá para conhecer o Morumbi, bairro de paulistas endinheirados. Ali, agarrou a chance de captar recursos para o projeto de “transformar a miséria das favelas em peças de museu antes de Elon Musk colonizar Marte”, como costuma dizer.

Sua energia positiva e capacidade de envolvimento costumam surpreender quem não o conhece. Quando levou o empresário Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil, para visitar uma favela, ouviu dele: “Sonhe grande para atrair gente grande para seus sonhos.” E assim o empreendedor ganhou um amigo e apoiador. No ano passado, Lemann conseguiu para ele uma bolsa de três meses na Universidade de Harvard. Lyra voltou dos Estados Unidos ainda mais sábio e com o inglês mais afiado.

Celina Côrtes é jornalista, escritora e mantém o blog Sair da Inércia. 

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