Fazer exercícios físicos regularmente contribui para o fortalecimento da saúde e melhora significativamente suas funções metabólicas, dentre elas, o seu humor. Mas você sabia que praticar exercícios físicos também pode tornar você mais inteligente?
Mente sã em corpo são
Não é preciso pegar pesado. Um exercício simples, como caminhadas ao ar livre com pequenas corridas é o suficiente para ajudar você a pensar melhor. Incrível, não?
Pesquisas anteriores em animais e em pessoas mostram que o exercício regular promove a saúde geral. No entanto, é difícil desvendar quais benefícios dos exercícios para o coração, fígado e músculos reverberam na nossa saúde cerebral. Por exemplo, um coração saudável oxigena todo o corpo, incluindo o cérebro. Como a pesquisa foi conduzida por neurocientistas, o foco foi como o exercício impacta especificamente em nossas funções cerebrais, algo relativamente inédito.
Sobre o estudo
Tendo isso em mente, os cientistas projetaram um estudo em camundongos que mediu a resposta do cérebro a episódios únicos de exercícios, mais especificamente em camundongos sedentários que foram colocados por curtos períodos de tempo em rodas de corrida. Os ratos correram alguns quilômetros em duas horas.
O estudo descobriu que explosões de exercícios a curto prazo, equivalentes, entre seres humanos, a uma caminhada semanal de 4.000 passos, já promoveram um aumento nas sinapses no hipocampo. Os cientistas fizeram a descoberta chave analisando genes que foram aumentados em neurônios individuais ativados durante o exercício.
Um gene em particular destacou-se: Mtss1L. Este gene foi amplamente ignorado em estudos anteriores no cérebro.
Um gene muito especial
O gene Mtss1L codifica uma proteína que causa a flexão da membrana celular. Pesquisadores descobriram que quando esse gene é ativado por curtos períodos de exercício, ele promove pequenos crescimentos em neurônios conhecidos como espinhas dendríticas; o local no qual as sinapses se formam.
Com efeito, o estudo mostrou que uma explosão aguda de exercício é suficiente para preparar o cérebro para o aprendizado.
No próximo estágio da pesquisa, os cientistas planejam emparelhar surtos agudos de exercícios com tarefas de aprendizado para entender melhor o impacto sobre a aprendizagem e a memória.