Formas geométricas estão por toda parte na natureza. E estão na base da geometria sagrada, uma antiga crença que lhes atribui significados espirituais ou místicos. Este é um conceito que explora e explica os padrões de energia que criam e unificam todas as coisas. E que demonstra a maneira como a energia do universo se organiza.
Desde tempos imemoriais, o conceito é aplicado a projetos de templos e monumentos religiosos, tanto na arquitetura como na pintura. As pirâmides do Egito são um exemplo, assim como as mandalas e certos desenhos indígenas. Os antigos gregos e os maias também utilizavam com frequência figuras geométricas, comuns ainda entre hindus e cristãos.
A ideia é buscar associações e significados divinos em formas naturais. A geometria sagrada é associada a qualidades como harmonia e conexão. Para o biólogo inglês Nigel Pennick, estudioso de ocultismo, o quadrado representa a estabilidade do espaço, enquanto o círculo simboliza a totalidade. Já o triângulo remete a equilíbrio: começo, meio e fim. E o hexágono manifesta a harmonia divina da natureza, como num favo de mel.
Estudiosos afirmam que a geometria sagrada cria vibrações cujas frequências sustentam o equilíbrio de tudo o que existe no universo. Por isso, uma utilização adequada de formas geométricas seria capaz de restaurar o nosso próprio equilíbrio físico, psicológico e energético – e de nosso ambiente também.
CONTEMPLAÇÃO DA NATUREZA PARA REEQUILIBRAR O ORGANISMO
Em artigo para o site Personare, a arquiteta e consultora de Feng Shui e geobiologia Aline Mendes afirma: “Nossa civilização, com suas formas retas e desproporcionais, nos condiciona a vibrar em frequências dissonantes das de nossa própria natureza.” Por isso, diz ela, podemos nos sentir cansados, debilitados, desanimados e até doentes.
Algumas pessoas, observa a arquiteta, afirmam que a simples contemplação da natureza é capaz de reequilibrar o organismo. Isso não quer dizer apenas estar ao ar livre, explica Aline, mas também estar num ambiente doméstico com decoração adequada, como fotografias de plantas e paisagens.
Para Aline, o uso dos cinco poliedros platônicos são uma boa maneira de aproveitar a geometria sagrada. Assim chamados por terem sido descritos por Platão, cada um desses sólidos geométricos está associado a um dos elementos da alquimia clássica: água, terra, fogo, ar e éter.
Pode-se fazer uma meditação visualizando um poliedro, ou mantê-lo na cabeceira da cama na forma de um cristal, ou ainda emoldurado na parede. Para a estudiosa, a melhor forma de aproveitá-los seria preparando um elixir com cristais embebidos em água. Depois, os cristais são retirados e essa água é bebida ou borrifada no ambiente. Naturalmente, isso exige a orientação de um especialista.
Conheça os cinco poliedros platônicos:
- Tetraedro: Seu elemento é o fogo. Tem uma energia quente. É associado ao desenvolvimento espiritual e ao amor incondicional.
- Hexaedro: Seu elemento é a terra. Sua energia é suave e estável. É relacionado à doação e a ações para o bem-estar do planeta.
- Octaedro: Seu elemento é o ar. Sua energia é leve – não por acaso é a forma dos balões. Está relacionado ao desenvolvimento mental e à compreensão do ser e do universo.
- Dodecaedro: Seu elemento é o éter. Sua ligação é com o cosmo, com o vazio do espaço celeste, com o despertar da consciência – tanto pessoal quanto coletiva.
- Icosaedro: Tem a água como elemento. Traz fluidez. É associado ao equilíbrio energético, à purificação e à canalização de energias cósmicas em benefício próprio.