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O dia em que perdemos o foco

Um dia perdemos o foco.

A presbiopia, uma deficiência visual popularmente conhecida como vista cansada, afeta quase todos os seres humanos a partir dos 40 anos de idade.

Basicamente, é assim. Passamos uma vida inteira focando para ver aquilo que se encontra próximo aos nossos olhos. A leitura é um bom exemplo. Forçamos por tanto tempo para focar no que está diante de nossos olhos que causamos um endurecimento do cristalino, uma estrutura da visão que muda de forma para focar em objetos próximos.

De tanto forçar no que está próximo, o cristalino perde essa capacidade de se “deformar” para vermos tal qual desejamos. Os músculos ciliares que o ajudam nessa função vão perdendo a eficiência e aí, já viu, começamos a afastar os objetos de nossos olhos. Os braços assumem a tarefa de afastar as coisas de nós, numa missão fadada ao fracasso, momento em que nos convencemos a usar óculos.

Que mal há nisso? Tirando o fato da companhia de um acessório novo no rosto, não há mal algum. É apenas um dos tantos indicativos de que a vida segue seu rumo, sem parar, independentemente do desgaste causado por seu uso.

Está bem, por que esse papo sobre presbiopia, você deve estar se perguntando.

Para uma proposta de reflexão.

Será que passamos tempo demais focados no que está perto e esquecemos de levantar a cabeça para enxergar longe?

Um longe que pode ser o amanhã, um longe que pode ser um novo foco, um longe que pode ser uma nova forma de ver o que está perto, um longe que pode ser aceitar a impossibilidade de enxergar tudo na vida com nitidez, um longe que pode ser uma grande fonte de esperança frente a um perto bem focado, claro, mas que não nos alegra mais, um longe que nos lembre o quanto ainda temos a descobrir, um longe que nos ensine a desfocar aquilo que não mais nos faz bem, um longe que nos lembre, sempre, como o mundo é vasto de possibilidades e acontecimentos e, por mais que dediquemos uma vida inteira a dominar o conhecimento sobre isso, aquilo ou mesmo sobre si mesmo, jamais seremos capazes de manter tudo sob controle, jamais seremos capazes de manter o foco todo o tempo.

Enfim…

Que a incapacidade de focar, que nos é iminente, nos ajude a ampliar o nosso mundo e não nos force mais a viver apenas dentro e com aquilo que conhecemos com nitidez.

Artur Vieira Filho é terapeuta, especialista em relacionamentos, sexualidade, psicologia positiva e felicidade.

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