Gastamos muito com energia elétrica, papel e tinta na impressão de documentos que nem sempre precisamos arquivar. Mesmo concentrando esforços para reduzir o desperdício, vez por outra somos  obrigados a usar a impressora para textos simples, que não precisaremos guardar. E o papel reciclado, além de gastar muitos recursos na sua produção, custa mais caro do que o papel branco, tornando essa uma opção inviável para muitos. Mas uma solução criativa está prestes a mudar esse cenário.

Pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de “desimprimir” o papel que, ao contrário dos métodos baseados em laser, pode trabalhar com o papel padrão revestido usado em impressoras domésticas e de escritório. O novo método usa pulsos de luz de uma lâmpada de xenônio e pode apagar tintas pretas, azuis, vermelhas e verdes sem danificar o papel.

Esse método possibilita a reimpressão no mesmo papel pelo menos cinco vezes, o mesmo número de vezes que o papel pode ser reutilizado com a reciclagem convencional. Ao eliminar as etapas envolvidas na reciclagem fabril, esse método reduz os custos de energia, poluição e emissões de gases de efeito estufa decorrentes do processo tradicional.

A reciclagem convencional de papel revestido é um dos principais contribuintes para as alterações climáticas, poluição química e uso de energia no mundo. Estender a vida útil do papel, evitando essas etapas de reciclagem, traria benefícios ambientais significativos.

Os próximos passos dos engenheiros são para refinar ainda mais o método, testando cores adicionais de tonner em uma ampla gama de tipos de papel. A não impressão pode ser feita com equipamento simples e uma limpeza com uma quantidade muito pequena de álcool, e os engenheiros estão trabalhando para integrar a impressão “não impressa” aos aparelhos domésticos e de escritório.