“Não falo sobre o que me fere ou me feriu, ou sobre o que me causa insegurança, pois tenho medo da reação do(a) meu(minha) companheiro(a). Tenho medo de ele(a) não saber lidar com o que trago e brigarmos ou até mesmo de terminarmos.”
Esse relato parece algo muito distante a ti? O que temos construído em nossas relações?
Senta aqui que o assunto é necessário e urgente. Urgente porque precisamos compreender os relacionamentos a partir de um novo olhar, se o desejo de construir uma nova sociedade é real em nós. Já não dá mais para repetir padrões herdados (familiar ou socialmente). Já não há mais espaço para ou tempo para jogos de poder, disputa ou manipulação, sem tempo para perde-ganha. Relacionamento é coisa de gente grande!
Imagina viver uma relação onde se pisa em ovos no que diz respeito ao sentir. Onde a comunicação é falha, exatamente por conta do silenciamento das emoções. Onde o medo é convidado constante quando o assunto são os sentimentos, onde determinados assuntos são evitados para não gerar conflito.
Será que é sustentável tudo isso? Será que compensa estarmos onde receamos manifestar a nossa condição humana?
Ciúmes, raiva, tristeza, frustração, ressentimento, dor, medo, inveja, incômodos em geral… nada disso é “ruim”. Tudo faz parte e é material de escola, com objetivo de evolução. Ruim pode ser o que fazemos com todo esse conteúdo. Negar, implodir e silenciar são as opções menos viáveis para quem deseja viver o propósito mais elevado das relações, que é a evolução espiritual.
Relacionamento é chamado para a maturidade emocional, meu povo! Aqui, o veículo é a comunicação, e o autoconhecimento e o trabalho interno são pré-requisitos inegociáveis.
Não tem nada pronto, é tudo sobre construção e diálogo constantes. Há que ter coragem para se abrir, mostrar-se, falar onde dói, assumir as sombras. Dizer: “Eu não gostei”, “Doeu em mim” “Esse é meu limite”, “Não quero, “Não vou”, “Precisamos conversar”. E coragem também para entender que nem tudo é sobre nós e que é importante a saída do lugar de gatilho com tudo que se é dito. Saber ouvir, saber dizer.
Resumindo: crescimento e disposição, dos dois lados. Para um falar, o outro precisa estar do outro lado para ouvir.
Falar sobre como nos sentimos nunca deveria ser motivo de briga ou vergonha. Digo por experiência própria: o expressar é portal de curas profundas, economiza o tempo que muitas vezes dedicamos às interpretações equivocadas, julgadoras e condenadoras sobre o outro.
O falar dissolve nós. Internos e externos.
Como anda essa experiência por aí? Como esse texto lhe toca? Você tem conseguido se abrir com seu amor? Tem encontrado espaços para uma comunicação autêntica? Me conta!
Vitória Cerqueira, terapeuta ThetaHealer, operadora de mesa radiônica quântica, terapeuta floral, consteladora familiar e facilitadora de Mahalilah (@vitoriacerqueiraterapias).