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Os efeitos terapêuticos do coentro: uma explicação molecular

A medicina popular utiliza ervas há séculos como anticonvulsionantes. Mas, mesmo tendo sua eficácia comprovada pelo uso, muitos dos mecanismos subjacentes sobre esses efeitos permaneciam desconhecidos. Em um novo estudo, pesquisadores descobriram a ação molecular que permite que o coentro efetivamente controle convulsões comuns na epilepsia e em outras doenças.

O estudo explica a ação molecular do coentro como um ativador de uma classe de canais de potássio no cérebro para reduzir a atividade convulsiva. Esse novo entendimento pode levar a melhorias no tratamento e no desenvolvimento de drogas mais eficazes.

O impacto molecular do composto ativo do coentro é altamente potente para nosso cérebro. Este composto, o dodecenal, se liga a uma parte específica dos canais de potássio e reduz a excitabilidade celular. Essa descoberta específica é importante pois pode levar a um uso mais eficaz do coentro como anticonvulsivo, ou a modificações do dodecenal para desenvolver drogas mais seguras e eficazes, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

 

Sobre o estudo

Os pesquisadores examinaram os metabólitos de folhas de coentro, revelando que um deles ativa múltiplos canais de potássio, incluindo os responsáveis ​​pela regulação da atividade elétrica no organismo. Verificou-se também que este metabólito recapitula a ação anticonvulsivante do coentro, retardando o impacto de convulsões quimicamente induzidas. Os resultados fornecem uma base molecular para as ações terapêuticas e indicam que esta erva presente no mundo todo é surpreendentemente influente em canais de potássio clinicamente importantes.

Além das propriedades anticonvulsivas, os pesquisadores também citaram que o coentro tem efeitos anticâncer, anti-inflamatórios, antifúngicos, antibacterianos, cardioprotetores, de saúde gástrica e analgésicos.

 

Uso ancestral

A humanidade usa medicamentos botânicos há milênios. Há evidências de DNA, datando de 48.000 anos, que sugerem o consumo de plantas para uso medicinal pelo Homo neanderthalensis. Evidências arqueológicas, datando de 800.000 anos, sugerem um uso não alimentar de plantas pelo Homo erectus ou espécies similares. Hoje, a evidência da eficácia desses medicamentos varia de ensaios clínicos a conhecimentos populares, passados por gerações.

Em muitos casos, estes “medicamentos” são consumidos em larga escala como alimentos ou aromatizantes de alimentos. O coentro em específico é consumido por seres humanos há pelo menos 8.000 anos, desde os tempos do antigo Egito. Seu uso foi popularizado pelo mundo durante o período das grandes navegações, tornando-se uma erva culinária básica em diversas tradições.

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