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Por um lazer menos produtivo e mais prazeroso

Trabalhamos duro para ter lazer. E ansiamos por aproveitar o tempo livre. Pesquisas mostram, porém, que ter tempo livre e decidir como usá-lo podem ser experiências estressantes. Há quem sinta uma enorme pressão para maximizá-lo fazendo as melhores escolhas: pesquisando mais sobre o que fazer, programando-se e gastando mais dinheiro. Mas isso pode acabar sendo um obstáculo ao prazer da diversão em si.

Há também quem tenha dificuldade de ver o lazer como algo que vale a pena. São pessoas que priorizam a produtividade a ponto de não conseguir aproveitar o tempo livre, o que pode representar um risco para a saúde mental.

Esses dois tipos de comportamento levam à constatação de que o modo como percebemos o lazer mudou, e não de uma forma positiva. Entender essa mudança e encontrar maneiras de modificar nossas atitudes pode ser benéfico e nos ajudar a voltar a aproveitar a nós mesmos.

“O lazer evoluiu incrivelmente ao longo dos séculos e através das culturas”, afirma Brad Aeon, estudioso de gestão de tempo e professor da Universidade de Quebec, no Canadá. “Uma coisa consistente no lazer, porém, é que ele é sempre contrastado com o trabalho.”

Há dois mil anos, os conceitos de trabalho e lazer eram associados a servidão e liberdade, respectivamente. “O lazer era um estado de espírito ativo”, explica Aeon. Segundo ele, um bom lazer significava praticar esportes, aprender teoria musical ou filosofar, entre outras atividades. “O lazer não era fácil, mas deveria ser gratificante”, observa.

 

FALTA DE TEMPO LIVRE SERIA HOJE UM SINAL DE STATUS

Para o professor, houve uma mudança quando os romanos começaram a ver o lazer como um modo de se recuperar para trabalhar mais, o que mais tarde seria reforçado pela Revolução Industrial. No século 19, houve mais uma mudança: a vida ociosa se tornou um símbolo de status.

Professora de marketing da Universidade de Boston que pesquisou o valor simbólico do tempo, Anat Keinan afirma que hoje estamos passando por outra transição, em que a falta de lazer é um forte sinal de status. Nas redes sociais, diz ela, celebridades se gabam de não ter tempo e de estarem loucas para tirar férias. Longas horas de trabalho são vistas por muitos como um símbolo de honra.

Na verdade, aqueles que mais têm dinheiro para gastar em lazer são, muitas vezes, os que mais trabalham, sejam eles médicos, advogados ou profissionais que ocupam cargos importantes. Para Aeon, “isso significa que aqueles que mais reclamam de não ter tempo livre suficiente são ricos e instruídos”. Ele acrescenta: “Isso alimenta a ideia de que devemos maximizar a ‘utilidade hedônica’ do lazer, nosso valor de aproveitamento, quando temos algum tempo livre, e fazer com que cada hora conte.”

Economistas chamam a ideia de que devemos maximizar o tempo livre de intensificação do valor do tempo de lazer. No livro Spending time: The Most Valuable Resource, o economista americano Daniel Hamermesh afirma que “nossa capacidade de comprar e aproveitar bens e serviços cresceu muito mais rapidamente do que a quantidade de tempo disponível para aproveitá-los”. Essa pressão se manifestaria em nossas decisões: investimos mais dinheiro em lazer, escolhendo melhores hotéis e as melhores experiências diante da tela de TV.

 

MÍDIA SOCIAL CONTRIBUIRIA PARA O FOCO NO LAZER PRODUTIVO

Tudo isso pode nos levar a dedicar horas e horas a planejar atividades de lazer, o que, por sua vez, pode nos levar a férias que nos parecem muito curtas. Ao buscarmos experiências máximas de lazer, nós as tornamos estressantes. Expectativas podem se chocar com a realidade.

Keinan observa que alguns consumidores se esforçam para acumular experiências novas, incomuns ou radicais, porque isso os ajuda a considerar o lazer produtivo. Ela acredita também que a mídia social exacerba o foco no lazer produtivo, incitando-nos a obter sinais de status e de conquista, para depois postar imagens de uma participação em maratona ou de uma escalada em Machu Picchu. Assim, o lazer é aproveitado em atividades significativas, produtivas ou espetaculares.

Para aproveitar melhor o tempo livre, os especialistas recomendam moderar a mentalidade de produtividade e aproveitar mais o presente. Keinan diz que uma maneira de fazer isso é “assumir uma perspectiva mais ampla na vida”.

Para quem busca intensificar o lazer, Aeon sugere, no meio das férias, fazer algo “completamente insano”, como bungee jumping, e, ao fim desse período de tempo livre, fazer algo grandioso, como um dia num spa ou um jantar especial. Ele também recomenda praticar mindfulness para expandir a percepção subjetiva do tempo e para aumentar a formação de memória. Assim, você não apenas terá a sensação de que suas férias duraram mais, como se lembrará melhor delas.

Outra sugestão do professor é priorizar férias menores e mais numerosas, em vez de um grande período de férias. Isso ajudaria a maximizar o valor do prazer.

 

Fonte: Artigo de Aysha Imtiaz para a BBC.

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