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Uma ambientalista com chances de governar a Alemanha

Se o debate sobre a mudança climática ganhou súbita e fugaz notoriedade no Brasil por conta da recente cúpula de líderes para tratar do tema, na Europa este é um assunto que há muito tempo vem sendo tratado com seriedade, prioridade e intenso interesse público. Prova disso é a inédita disputa do Partido Verde ao governo alemão por uma candidata que tem boas chances de substituir a chanceler conservadora Angela Merkel, há dezesseis anos no poder.

Pela primeira vez em seus quarenta anos de história, os verdes alemães disputarão em setembro as eleições gerais, e com uma candidata carismática que tem a idade do partido: Annalena Baerbock. Ela vem sendo comparada a governantes femininas de reconhecida competência, como a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, também de 40 anos, e a premier finlandesa, Sanna Marin, ainda mais jovem – 35.

“Baerbock era praticamente uma desconhecida até ser indicada para disputar o cargo de chanceler federal pelo Partido Verde. Mas sua indicação parece ter agradado a uma boa parte dos alemães. Depois que seu nome foi anunciado, os verdes abriram vantagem nas pesquisas”, diz a jornalista carioca Cristiane Ramalho, com a experiência de quem mora há quinze anos em Berlim e é correspondente da emissora Deutsche Welle.

 

EM DEFESA DA POPULAÇÃO RURAL E DE BAIXA RENDA

Pesquisas indicaram que a candidata verde está em segundo lugar nas intenções de voto – perdendo apenas para o bloco da União Democrata Cristã, partido de Merkel – e que ela tem o apoio de empresários. Seu maior adversário, o candidato conservador Armin Laschet, de 60 anos, foi escolhido após muita disputa interna, o que pode lhe tirar pontos. Soma-se a isso sua baixa popularidade e o desgaste representado por críticas ao governo no combate à pandemia.

Em pronunciamento ao aceitar a candidatura, Baerbock defendeu a melhoria das condições de vida da população rural e dos trabalhadores de baixa renda, bem como o cumprimento das metas de redução de emissão de carbono. Conhecida como boa oradora, considerou sua falta de experiência no poder uma força que a ajudaria a renovar a Alemanha. “Nunca fui chanceler nem ministra”, disse. “Acredito que este país precisa de um novo começo.”

Vai longe o tempo em que os verdes alemães eram vistos como hippies barbudos – talvez estes fossem amigos dos pais de Baerbock, que costumavam levá-la na infância a manifestações por causas ambientais. Historicamente, o partido também é marcado por divisões internas. Mas já integrou o governo durante anos, teve um ministro do exterior de destaque, Joschka Fischer, e hoje está bem mais coeso. Caso ganhe a eleição, teria que formar uma coalizão, o que pode não ser uma tarefa fácil.

 

CURRÍCULO EXEMPLAR E ATLETA PROFISSIONAL

Ramalho diz ter dúvidas se os verdes conseguiriam maioria para formar um governo e questiona quais seriam seus parceiros numa coalizão. Mas lembra: “A mudança climática está no topo das preocupações dos alemães.” E observa: “A imagem de Baerbock, até agora, é de uma mulher determinada, de muita garra. Do tipo que luta pelo que quer.”

Membro do Parlamento desde 2013, Baerbock tem um currículo exemplar. Especialista em direito internacional e clima, estudou na London School of Economics e na Universidade de Hamburgo. Na política, é conhecida pela firmeza nas negociações e pelo combate ao populismo. Em 2018, foi eleita para chefiar o partido juntamente com Robert Habeck, passando a liderar a bancada verde no Parlamento.

Casada, mãe de dois filhos, Baerbock foi atleta profissional de salto de trampolim na adolescência. Agora, pode estar prestes a dar o salto mais importante de sua carreira política. A sociedade alemã está mais sintonizada com questões ambientais do que nunca e, pelo menos por enquanto, vive uma lua de mel com a candidata verde. A respeitada revista Der Spiegel a estampou na capa sob o título “A mulher para todas as situações”.

Bruno Casotti é jornalista e tradutor. 

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