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Uso terapêutico abre novo horizonte para psicodélicos

As substâncias alucinógenas tiveram um boom na década de 60, impulsionadas por jovens em busca de experiências transformadoras ou pura diversão. A onda passou faz tempo, mas nos últimos anos os psicodélicos voltaram com força a sociedades ocidentais, desta vez usados em terapias e tratamentos psiquiátricos, portanto tendendo a perder seu caráter marginal para assumir um papel medicinal.

Alucinógenos vêm sendo usados para tratar distúrbios como depressão, transtorno do estresse pós-traumático e vícios. Experiências clínicas têm mostrado que eles podem ser poderosos aliados nesses tratamentos. A lista de substâncias inclui preparados de plantas como ayahuasca, iboga e peiote, além de LSD, cogumelo mágico e dimetiltriptamina.

A sociedade psiquiátrica estaria reagindo de forma positiva, o que para essa comunidade científica pode vir a significar a primeira mudança de paradigma desde os anos 80, quando os inibidores seletivos da recaptação de serotonina se tornaram uma escolha predominante para o tratamento de uma série de transtornos da mente.

Em 2017, a Food and Drug Administration (FDA) – agência americana reguladora de alimentos e medicamentos – passou a designar a MDMA, conhecida como ecstasy, uma “terapia inovadora”. Para isso contribuiu o esforço da Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos (Maps, na sigla em inglês), cujo objetivo é difundir o uso medicinal de substâncias psicodélicas, inclusive orientando cientistas. A expectativa de seu fundador, Rick Doblin, é que em dois anos a FDA passe a aceitar o uso medicinal de MDMA.

As mudanças são graduais, mas as regras vêm sendo flexibilizadas em países da Europa. Na Áustria e na Espanha, o cogumelo mágico (gênero Psilocybe) foi descriminalizado, assim como em Washington e outras cidades americanas. No Oregon, também o LSD foi legalizado como terapia. Na Califórnia, um projeto de lei para descriminalizar o cogumelo e o LSD, já aprovado por sucessivas comissões, será votado no ano que vem.

 

EMBASAMENTO CIENTÍFICA INCLUI CERCA DE 6 MIL ESTUDOS

O recente crescimento do uso dessas substâncias vem sendo chamado de “renascimento psicodélico”, e atraindo investimentos em pesquisas. Para os defensores dos psicodélicos, mais do que a possibilidade de usá-los em tratamentos, trata-se de uma possibilidade de mudar a maneira como as pessoas veem o mundo. Experiências místicas e alucinatórias promoveriam avanços na própria compreensão científica.

Embasamento científico não falta. Desde os anos 1950, já foram realizados cerca de 6 mil estudos envolvendo tratamentos experimentais de mais de 40 mil pacientes com transtornos diversos, incluindo esquizofrenia, autismo e alcoolismo. E não faltaram também resultados promissores. No caso do LSD, estudos indicaram que a droga trouxe bons resultados para alcoólatras.

O renascimento psicodélico tem como marco um estudo realizado em 2006 na Johns Hopkins University por uma equipe liderada pelo cientista Roland Griffiths, conhecido por pesquisas sobre cafeína. Os cientistas recriaram uma pesquisa de 1962 conhecida como Experimento da Sexta-Feira Santa.

No experimento, cientistas testaram a capacidade da psilocibina de induzir experiências místicas. Um grupo de seminaristas tomou a substância e, trinta minutos depois, começou a ter visões, enquanto aqueles que tomaram um placebo não tiveram qualquer reação.

Sobre o estudo na Johns Hopkins, Griffiths escreveu: “É incrível que 67% dos voluntários tenham considerado a experiência com psilocibina a experiência mais significativa de suas vidas ou uma das mais significativas.”

 

EFEITOS DESCRITOS COMO INTENSIFICAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

A Europa e a América do Norte vêm registrando um crescimento do uso recreativo dessas substâncias. Nos Estados Unidos, um estudo publicado da revista científica Drug and Alcohol Dependence mostrou um aumento de 50% no uso de LSD entre 2015 e 2018. A popularização teria a contribuição de celebridades e influenciadores.

Antes associadas a hippies, hackers, comunidades espirituais e frequentadores de raves, as drogas passaram a ser consumidas também por comunidades voltadas para o bem-estar, políticos de direita, entusiastas de criptomoedas, investidores de Wall Street e ainda pela turma do hip hop. Têm sido associadas também a uma maior conexão com a natureza, o que levou um cientista social a propor chamá-las de “ecodélicos”.

Seja em experiências clínicas ou recreativas, a constatação é de que os psicodélicos proporcionam experiências místicas e de “dissolução do ego”. Em geral, a descrição dos efeitos é de uma intensificação da consciência caracterizada por um estado de felicidade, por benevolência e por interconexão, ou ainda de um sentimento de “sagrado”.

Quanto maior a experiência mística, sugerem estudos, maiores os benefícios terapêuticos. Resta o desafio de demover as habituais suspeitas da ciência quando se fala em experiências místicas.

Fonte: Artigo de Ed Prideaux para a BBC Future.

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