O QUE VOCÊ PROCURA?

Você é emocionalmente resiliente ou antifrágil?

Veja, resiliente é um conceito oriundo da física que foi adotado pela administração.

Quer um exemplo? Uma mola. Ela pode sofrer pressão, absorve e depois volta ao que era antes.

Há muitos materiais resilientes.

Olhe para este copo… Ele é frágil.

Você pode definir que frágil é algo que quebra ou se deforma ao sofrer pressão. Você pode dizer que o ideal então é o resistente, que suporta situações extremas de pressão sem se alterar, como um bloco de concreto.

Mas você está cansado de ouvir nas empresas: “Precisamos de pessoas resilientes.

Sem ser um modismo passageiro, estava claro que, tanto na vida pessoal quanto profissional, temos muito a ganhar se tivermos “jogo de cintura” ao lidarmos com as emoções em nossos relacionamentos.

Bem, mas será que a vida se desenhou assim até aqui somente nessas três bases conceituais, que são o frágil, o resistente e o resiliente?

Isso basta? Não!

E é aqui que aparece um pensador chamado Nassim Taleb com o livro Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos, e que é um achado!

Fiquei curioso com a obra e o li em janeiro de 2015.

Depois disso, nunca mais me saiu da memória. Eu, que defendia a resiliência, passei – a partir de então, a ser um adepto da antifragilidade. Eu tenho a certeza de que – se você ainda não conhece – será uma grande descoberta para você.

 

DIFERENÇA ENTRE ANTIFRAGILIDADE E OS OUTROS TRÊS CONCEITOS

A grande diferença da antifragilidade em relação aos três – o frágil, o resistente e o resiliente – é que o antifrágil aprende com as mudanças, as pressões e o caos. Puxa vida, é dar a volta por cima dos problemas?

É sim, e já começo a trazer o conceito mais para perto de você. Veja, de forma simples, ser uma pessoa antifrágil é aprender com os erros e melhorar com o tempo. Portanto, você concordará comigo: a antifragilidade está um passo além da resiliência.

Se soa estranho para você eu vou aprofundar um pouquinho mais, que ficará bem mais fácil.

Repare, os seres vivos são antifrágeis, e você sabe qual é a maior prova disso?

Se não fossem assim já teriam desaparecido com as inúmeras pandemias, os choques de temperatura, as mudanças ambientais.

Pode ser um choque saber disso, mas a natureza foi nos filtrando até aqui e deixou para trás todos aqueles que não se adaptaram. E se você reparar bem, para essas mudanças se instalarem, nós tivemos que mudar muito. Não somos mais os mesmos há muito tempo.

Eu sei que você deve estar pensando: “Vai ficar estranho para mim se eu tiver que entender o que é antifragilidade e não souber como usar em minha vida.”

Afinal, em que minha vida muda para melhor, João Francisco?

Bem, eu tenho a certeza de que você irá gostar de saber que você já é antifrágil e pode se tornar ainda mais.

 

VOCÊ É POR NATUREZA ANTIFRÁGIL

O seu sistema imunológico, por exemplo, vive de ameaças o tempo todo. Trabalha o tempo todo para aprender sobre os inimigos e produzir defesas. Ele não é resiliente, e ainda tem uma capacidade a mais. Tem uma memória incrível para se lembrar dos inimigos já combatidos. Por isso, sempre que os mesmos agentes infecciosos voltam a atacar o organismo, o sistema de proteção já tem o mapa de defesa arquivado e é só reativá-lo. Não há como negar: a natureza é a maior escola da antifragilidade.

Mas é interessante a gente também olhar para a tecnologia. A aviação se tornou antifrágil porque as chamadas “caixas pretas” possibilitaram conhecer quais as causas de acidentes ao longo de anos. Assim, foi aprendendo com as falhas e os aviões foram sendo aprimorados com o tempo e se transformaram no meio de transporte mais seguro que existe.

Mas eu não faria este livro se não conseguisse trazer nada de tentador para você utilizar na sua vida. Não teria graça.

Vamos dizer que você lidere pessoas ou lecione ou até mesmo se preocupe em educar bem os filhos. Você sabe que muitas vezes tentamos ditar o futuro deles para evitar que tropecem. Isso é altamente generoso, mas não faz com que desenvolvam a antifragilidade.

A essência da antifragilidade está em afastar os grandes riscos e deixar as pessoas e as crianças com liberdade para experimentarem as coisas incertas. É assim que irão perder o medo e compreenderão uma coisa que é também o segredo do sucesso: o erro faz parte do acerto.

Confesso a você que acredito muito nos efeitos poderosos da aprendizagem progressiva.

 

E RECOMENDO POR QUÊ?

Repare, andar de bicicleta, treinar para maratonas, dominar uma profissão, começam por superar pequenas quedas, corrigir erros e superar os desafios.

Na verdade, nós mesmos só conhecemos uma fração dos problemas que enfrentaremos à frente.

É sim, claro, importante planejar ações, mas também aprender a lidar com o inesperado. Caso nossa atitude seja a de fugir e deixar por conta, os problemas retornarão com maior força sobre nós. A ideia aqui é ter a atitude certa para domesticar as crises de sua vida e usá-las a seu favor.

Evite também acreditar demais nas fórmulas “infalíveis” de sucesso dos gurus. Esse mundo instável, aleatório e complexo está cheio de pessoas com “fórmulas” para você nas mídias sociais sobre o que deve e o que não deve fazer.

É muito bom você ter referências para orientarem você, mas tenha a certeza: quando você entrar em campo o jogo será imprevisível e você se sairá melhor se for antifrágil, porque os métodos nos dão muito pouco sobre o como jogar.

 

AGORA TENHO UMA ORIENTAÇÃO LEGAL PARA VOCÊ

Quando há vinte anos fiz um curso de finanças, saí de lá pensando: Eu sei fazer dinheiro com o meu trabalho, mas será que eu estava dormindo enquanto os outros aprendiam a fazer mais dinheiro com o dinheiro que já possuíam?

Era uma ciência de que eu não havia me dado conta.

Quer começar a testar o seu apetite financeiro?

Vamos lá: Será que você consegue fazer alguma economia para começar a investir?

Pode ser pequena…

Se você me responder que sim, então será muito bom aprender a ser antifrágil com as finanças.

Veja, claro que você pode aplicar o valor poupado em uma carteira de títulos seguros.

E assim, você estará em segurança com os seus investimentos, mas não multiplicará o seu dinheiro.

Por quê?

É que não estará desenvolvendo uma consciência antifrágil com o que você economiza.

Mas vamos pensar diferente. Vamos seguir o Taleb.

Imagine que você resolva investir na bolsa.

Talvez você me responda: Puxa, nem pensar. É muito arriscado!

Você tem razão em se preocupar, mas faça o seguinte: você irá cercar (ou isolar) a maior parte das possibilidades negativas.

Dos 100% que você tem de economias, 90% você pode aplicar em uma carteira com títulos seguros, ser resiliente, e até aí, tudo bem, não há risco. Você pode continuar a dormir tranquilo.

Agora, vamos tirar proveito da sua antifragilidade?

Aplique os 10% restantes numa carteira diversificada, mas suscetível a maiores riscos, como a bolsa de valores.

 

PERCEBEU O QUE VOCÊ FEZ?

Permitiu que a antifragilidade entrasse na sua vida, mas de uma forma calculada.

Lembra que eu falei “cercar”? Pois é, você admite um risco, mas você é quem dá os limites a ele.

Pequenas volatilidades positivas e negativas, você já sabe que vão ocorrer, porque é típico da bolsa. Mas ter paciência para aguardar algo positivo que multiplique esses investimentos é o segredo para ter lucros que podem ser maiores do que o montante que você conquistou na aplicação segura dos 90%.

Ao contrário, se alguma crise ou recessão se impuser, você ainda tem a segurança dos 90% e pode aguardar – sem pânico – até as coisas se equilibrarem.

Vamos em frente com a antifragilidade no seu cotidiano.

No trabalho, nas relações, adiar crises sem tentar aprender com elas pode não ser uma boa ideia. Enquanto os problemas são menores e ainda não tomaram dimensão é o melhor momento para pôr em prática a antifragilidade.

Ao contrário, quando nos esquivamos e camuflamos nossas vulnerabilidades, para não as enfrentar, desprezamos o melhor momento para o nosso autodesenvolvimento.

Eu realmente acredito que adaptar isso a sua realidade será uma inspiração para você.

No fundo, não há um mapa pronto para enfrentar a vida. É muito provável que, assim como eu, você também acredite no poder construtivo do seu aprendizado.

Este, com o passar do tempo será o melhor escultor e o maior designer do seu sucesso.

Como falei, o antifrágil é aquele que sabe que algo inesperado sempre acontecerá a qualquer momento.

A lição é começar – aos poucos – a perder o medo, a enfrentar a aleatoriedade e aprender a surfar nas ondas, já que elas são inevitáveis.

Agora pergunto a você:

E daí? O que você acha de começar a enxergar as crises como oportunidades para se sair ainda melhor do que você já é, daqui para a frente?

Comece com vagar, mas… vá em frente!

João Francisco, CEO do Impact Player, doutor em engenharia de produção, gestor de empresas e influenciador digital.

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