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Você está dentro ou fora da caverna de Platão?

O Mito da Caverna é uma metáfora elaborada por Platão. Está em A República, sua obra que fala do conhecimento da verdade e da ignorância. O livro todo é construído como um diálogo. O trecho que apresenta o mito é um diálogo entre Sócrates – o personagem principal – e Glauco, personagem inspirado no irmão de Platão.

Sócrates propõe um exercício de imaginação a Glauco, falando ao jovem para figurar em sua mente uma situação vivida no interior de uma caverna onde prisioneiros são mantidos. Esses homens estão acorrentados desde que nasceram e virados de costas para a entrada da caverna. Há uma fogueira, e tudo o que eles veem são sombras projetadas na parede para a qual estão voltados.

Um dos homens consegue se soltar e sai da caverna. A luz e tudo o que ele vê do lado de fora o assusta e o faz querer voltar para o refúgio da caverna. Ele tem a opção de se adaptar à nova realidade ou voltar a viver na escuridão. Mas decide retornar e contar tudo o que viu aos outros prisioneiros. Por não conhecerem outra realidade, eles não acreditam no que ouvem e, para se protegerem das ideias do fugitivo, eles o matam.

É claro que naquela época – Grécia antiga, século IV a.C. – não se usavam as expressões zonas de conforto, padrões mentais e sistema de crenças. Mas podemos aplicar tudo isso ao Mito da Caverna. Trago aqui uma interpretação moderna.

A caverna são nossas zonas de conforto. As correntes às quais os homens estão presos desde o nascimento são nossos sistemas de crenças, que absorvemos de nossas famílias, de nossos ambientes, das culturas em que vivemos. Não há crescimento em nossas zonas de conforto, porque elas se mantêm pela repetição das mesmas ideias, decisões, comportamentos e estados de ânimo.

Simbolicamente, os homens estão de costas para a saída, para a luz. Qualquer facho de luz trazido por uma nova ideia, que tente penetrar em alguma brecha da caverna, pode ser fortemente rechaçado por trazer desconforto, inquietação, questionamento.

Assim, quando o prisioneiro rebelde retorna com novas ideias, acham que ele está louco. E para não serem contaminados por essas ideias malucas, eles o matam. Sócrates também foi condenado à morte, obrigado a beber veneno, cicuta.

“Aqui não queremos novas ideias! Não queremos luz! Queremos permanecer no que conhecemos e ponto final.” Esta pode não ter sido uma fala acontecida na caverna, mas é uma fala que acontece muitas vezes em vários momentos de nossa vida ou de nosso entorno.

O mito é maravilhoso, porque retrata de forma perfeita o conflito que vivemos tantas vezes na vida entre se arriscar ou se proteger. Escutar ou tapar os ouvidos. Arriscar-se significa a luz, a possibilidade, o diferente. Proteger-se significa a escuridão, a repetição, o automatismo.

Os prisioneiros não entendem o que o companheiro diz porque é impossível transmitir uma experiência. Como você passa para uma outra pessoa a experiência de liberdade? Você só pode relatar, mas o outro terá que tomar seu próprio risco e experimentar.

Os sistemas de crenças são fortes como aço porque não são ideias questionáveis. São a verdade. A certeza. São lógicos e coerentes e estão de tal forma assimilados que definem como você vê a si mesmo e a realidade. São os óculos através dos quais você percebe a realidade.

Essa é a razão pela qual muitas vezes não percebemos as oportunidades: porque elas não cabem dentro de nosso sistema de crenças. Se pensarmos que não somos capazes para alguma coisa, não perceberemos nenhuma informação ou oportunidade nessa direção, porque estaremos cegos para elas.

Estaremos funcionando no modo automático, em que só existe repetição. Só vamos perceber o que couber dentro de nosso sistema de crenças, onde estão o certo e o errado, o posso e o não posso, o sou capaz e o não sou capaz etc.

A primeira coisa que aconteceu com nosso prisioneiro foi que ele rompeu com a inquestionabilidade da crença. A segunda foi que ele teve alguma estratégia para se soltar e mudar sua direção de dentro para fora. A terceira foi que ele efetivamente tomou ação. A quarta foi que mudou a mentalidade, o mindset. A mente se abre para outra realidade.

Esse é o processo que acontece com cada um de nós quando fazemos um movimento de saída de alguma zona de conforto: questionamento, estratégia, ação e mentalidade.

A única maneira de romper com uma crença é duvidando dela, questionando sua “certeza”.

Para sair de uma zona de conforto é preciso estratégia, planejamento. Isso é o que dá a direção, o como. Para onde estou indo agora (houve uma mudança de direção) e como estou indo. O que é preciso fazer para ir.

Para executar a estratégia é preciso ação. O que sustenta a estratégia e a ação é a visão de algo que você pode alcançar, que está além de onde você está hoje e que tem valor ou significado para você. Mas que não pode ser alcançado sem ação.

Esse processo define uma nova mentalidade, um novo mindset que abre uma nova visão, um outro nível de consciência.

Muitas vezes, o problema não está no problema, mas na mentalidade com que percebemos o problema. Muitos estudiosos afirmam que a mentalidade define 80% do êxito. Para qualquer pessoa.

Quando você questiona algo, interfere em sua mentalidade. E algo se passa dentro de você.  Quando existe uma mudança na maneira de pensar, significa que ou já criamos ou estamos em um processo de criar um novo caminho neural. Que ainda é frágil, portanto, precisa de repetição.

Se o nosso homem inseguro voltasse para a caverna, é possível que a visão de um novo mundo começasse a perder força. E ele poderia “desistir”. É o que acontece, muitas vezes, conosco. Retornamos para a caverna. Matamos a nova ideia com outras ideias: “Não ia dar certo”, “muito improvável”, “muito difícil”, “melhor não mexer”, “deixa como está”. Nós nos reconfortamos.

Muitas crenças são ótimas e funcionais durante um tempo e depois perdem a validade. Precisam ser revisadas. Faça uma revisão de suas ideias de interdição. Faça uma lista de três a dez interdições. Geralmente elas têm as expressões: “Não sei”, “não dá”, “não consigo”, “nem pensar”, “não tem nada a ver”, “não quero”, “não gosto”, “não no momento”, “mais adiante”, “um dia talvez”, “quem sabe”, “nunca”.

Examine cada uma. Questione. Imagine como seria o oposto. E se fosse possível? Se fosse possível, o que eu faria? Como seria? Como me sentiria?

O que nos faz boicotar a nós mesmos está ligado a algum padrão ou crença limitante.

Li recentemente em um livro: Nossa vida se dá em capítulos. Muitos capítulos se abrem depois que saímos de uma caverna. Em uma vida podemos passar por várias cavernas. Neste momento você está em alguma caverna?

Berenice Kuenerz é psicoterapeuta e coach de life-businesss e mindfulness.

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