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Alergias têm papel ativo no combate ao câncer de pele

Os componentes do sistema imunológico que desencadeiam reações alérgicas também podem ajudar a proteger a pele contra o câncer. Uma pesquisa liderada pelo Imperial College de Londres destacou a presença de defesas cutâneas anteriormente desconhecidas, e pode abrir caminhos para o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer de pele a partir do estudo de um tipo de anticorpo comum em reações alérgicas cutâneas.

 

Alergias em ascensão

A pesquisa se concentra em um tipo de anticorpo chamado imunoglobulina E, ou IgE. Essa proteína desencadeia reações alérgicas ao reconhecer equivocadamente uma substância inofensiva, como o amendoim, como um perigo em potencial para o organismo. Um ataque completo é lançado pelo corpo, sob a instrução de IgE, resultando em erupções cutâneas e inchaço da face, boca e, em casos graves, das vias respiratórias.

Apesar das ações do IgE terem consequências tão sérias, ainda não estava claro para a comunidade científica qual seria o seu papel real para o organismo. A pesquisa em questão sugere que o anticorpo pode ter um papel crucial na defesa contra os danos causados ​​por produtos químicos ambientais e, portanto, protege contra o câncer. Sendo assim, o IgE (desencadeado pela exposição da pele a agentes tóxicos) acumula-se no local da pele e impede que as células danificadas se transformem em tumores cancerígenos.

 

IgE: um problema ou uma solução?

A princípio os pesquisadores acreditavam que o anticorpo IgE  nos protegeria contra parasitas, como vermes intestinais, e que a falta de infecções por vermes causaria a ascensão de alergias na população. No entanto, após verificar que o nosso organismo pode se proteger de parasitas sem a IgE, os pesquisadores começaram a investigar qual seria o propósito principal desse anticorpo.

Na pesquisa, a equipe descobriu que a exposição a produtos químicos tóxico fazia com que o IgE fosse ativado e se instalasse na parte machucada. Uma vez lá, o IgE diminuiu o risco de desenvolvimento de câncer na pele.

Os pesquisadores também estudaram tumores de pele de 12 pacientes com carcinoma de células escamosas, que é o segundo tipo mais comum de câncer de pele. Os resultados mostraram que todos os tumores tinham IgE presente. Uma análise mais aprofundada mostrou que tumores menos perigosos, ou de “baixo risco”, tinham mais células portadoras de IgE, enquanto tumores mais graves tinham menos, sugerindo que a IgE oferece proteção contra a progressão do câncer.

 

A “Hipótese da Toxina”

Esses resultados iniciais apoiam a chamada “Hipótese da Toxina”, que sugere que substâncias químicas no ambiente, como aquelas na poluição do ar, as emissões de combustão e de automóveis, assim como a fumaça do tabaco, podem danificar a pele e causar um aumento na IgE. A teoria sugere que o aumento da IgE pode ter um papel no alarmante aumento de alergias nas últimas décadas.

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