Adotar um cão não é só abrir a sua casa para a alegria e o amor incondicional. Ter um cachorro em casa está associado a uma vida mais longa, especialmente para sobreviventes de ataque cardíaco e derrame que moram sozinhos. A razão é simples: ter um cão obriga você a sair de casa, brincar, aumentar seus níveis de atividade e se engajar diretamente no bem-estar daquele animal. Essa nova rotina está associada à redução da mortalidade por doenças cardíacas e por doenças crônicas relacionadas à velhice, alivia a solidão e o isolamento social e, surpreendentemente, reduz a pressão arterial.
Um estudo focado
Comparados às pessoas que não possuíam um cão, os pesquisadores descobriram que, para os donos de cães:
- O risco de morte para pacientes com ataque cardíaco que moram sozinhos após a hospitalização foi 33% menor e 15% menor para aqueles que moravam com companheiro ou filho
- O risco de morte para pacientes com AVC que moram sozinhos após a hospitalização foi 27% menor e 12% menor para aqueles que moravam com companheiro ou filho
- No estudo, quase 182.000 pessoas foram registradas como tendo um ataque cardíaco, com quase 6% sendo donos de cães, e das quase 155.000 pessoas que foram registradas como tendo um derrame isquêmico, quase 5% possuíam cães
Segundo os pesquisadores, o menor risco de morte associado à posse de cães pode ser explicado por um aumento na atividade física e pela diminuição da depressão e da solidão. São os grandes fatores benéficos por trás da adoção de um animal.
Uma vida mais longa
O isolamento social é um forte fator de risco para as piores nos resultados de saúde e morte prematura, mas que pode ser facilmente evitável ao ter um companheiro canino em casa. As pessoas que possuem cães interagem mais com os outros e possuem uma motivação a mais para praticar atividades físicas aeróbicas, um fator importante na reabilitação de uma doença grave e para a saúde mental.
Os pesquisadores descobriram que, em comparação com as pessoas que não possuem cães em casa, os donos de cães experimentaram:
- Risco reduzido de 24% de mortalidade por todas as causas;
- 65% de risco reduzido de mortalidade após ataque cardíaco; e
- 31% reduziram o risco de mortalidade devido a problemas cardiovasculares.
Essas descobertas sugerem que ter um cachorro está associado a uma vida mais longa. O próximo passo nesse tópico seria um estudo de intervenção para avaliar os resultados cardiovasculares após a adoção de um cão e os benefícios sociais e psicológicos que a propriedade de um cão pode oferecer.