A inflamação crônica desempenha um papel negativo importante em nossa saúde, contribuindo para o risco de desenvolver doenças como o diabetes, hipertensão e demência. Mais recentemente, pesquisas revelaram que os efeitos da inflamação atingem muito mais profundamente nossa fisiologia. A inflamação muda a maneira como pensamos, alterando o humor e até mesmo a tomada de decisões.
Uma nova abordagem
A ideia de que a inflamação afeta nosso cérebro e nosso pensamento não é tão nova assim. Níveis mais altos de inflamação são comumente vistos quando uma doença está associada a problemas com o pensamento. Por exemplo, é normal que pacientes em estado terminal entrem num estado delirante, quando a pessoa se vê confusa e em estado mental alterado.
Mas essa situação extrema também é espelhada no nosso cotidiano, em níveis menos intensos. Nossa memória, tempo de reação e saúde mental sofrem quando estamos doentes e temos níveis mais altos de inflamação. E, quando crônica, a inflamação também está conectada a processos depressivos e alterações bruscas de humor.
Essa inflamação crônica afeta nossa capacidade de decisão, nos levando a tomar escolhas caracterizadas por impulsividade e destemperança. A obesidade, outra condição inflamatória, também pode ser conectada a essa condição.
Combatendo as inflamações
Considerando a carga global da depressão e os custos pessoais e sociais associados ao pensamento impulsivo, intervenções para atenuar a inflamação em nossos corpos e cérebros devem se tornar uma prioridade. Para esse fim, não devemos apenas nos apoiar nos medicamentos. Devemos adotar dietas com baixo teor de carboidratos refinados e açúcares, técnicas de controle do estresse e exercícios regulares como componentes-chave de um estilo de vida voltado para um melhor humor e melhores tomadas de decisões.