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Baixa autoestima e consumo excessivo andam lado a lado

Consumir de forma excessiva ou descontrolada é um problema social e psicológico prevalente, incapacitante e crescente, mas ainda não estava clara qual a melhor forma de medir sua extensão. Como o vício em compras ainda não é um diagnóstico formal, uma equipe de pesquisadores desenvolveu critérios para definir uma escala para esse transtorno.

A Escala de Classificação Excessiva de Compra (EBRS) é o primeiro passo para medir a gravidade do vício em compras com critérios de diagnóstico formais. A escala demonstrou boas propriedades estatísticas e ajudou a equipe de pesquisa a examinar os preditores de gravidade com a problemática do consumo excessivo.

Os pesquisadores afirmam que ter fortes crenças sobre os benefícios da compra foram preditores significativos para os excessos no consumo. Compartilhar da ideia de que comprar um objeto trará segurança emocional, ou que não comprá-lo acarretará uma perda de oportunidade, são preditores simples que explicam, em certa medida, porque as pessoas não conseguem controlar seus impulsos.

Os pesquisadores também descobriram que mulheres e jovens relataram maior tendência a comprarem mais do que pessoas mais velhas ou homens. No geral, esse tipo de compra é visto como uma estratégia de compensação para deficiências que vemos em nós mesmos. Então, aqueles que demonstram menos autoconfiança têm mais chances de sucumbir aos excessos, e desenvolver falsas crenças sobre a importância daqueles produtos em suas vidas.

Estudos como esse nos levam a refletir sobre nossos padrões de consumo, e o quanto nossos desejos estão ancorados por crenças falsas sobre nossa própria felicidade.

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