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Jejum e vitamina C: um tratamento inovador para o câncer

Um time internacional de pesquisadores determinou que uma dieta com períodos de jejum e a ingestão de vitamina C pode ajudar no tratamento de alguns tipos de câncer. Eles descobriram que a combinação atrasa a progressão do tumor no câncer de cólon e reto e, em casos extremos provocou a regressão da doença.

Esta é a primeira vez em que foi demonstrada que uma intervenção não-tóxica pode tratar um câncer agressivo. O ponto de partida foi a análise de dois tratamentos aplicados em intervenções para retardar o envelhecimento, e combiná-los em um tratamento poderoso para o câncer.

Segundo os pesquisadores, embora o jejum seja uma opção desafiadora para os pacientes com câncer, uma opção mais segura e viável é uma dieta baseada em vegetais de teor calórico reduzido. A intenção é criar um ambiente insustentável para as células cancerígenas, mas ainda seguro para as células normais.

Por que essa combinação funciona?

Os resultados das pesquisas foram positivos. O jejum por si só e a vitamina C reduzem o crescimento de células cancerígenas. Mas quando combinados, as duas estratégias resultam em um tratamento de alto impacto, capaz de eliminar uma grande quantidade de células cancerígenas.

Porém, os pesquisadores detectaram o impacto apenas em células cancerígenas que apresentavam uma mutação específica. Essas mutações no gene KRAS sinalizam que o corpo está resistindo à maioria dos tratamentos de combate ao câncer e reduzem a taxa de sobrevivência de um paciente. Essas mutações ocorrem em aproximadamente 25% de todos os cânceres humanos, mas sua incidência em câncer de cólon e reto é de até 50%.

Por si só, um tratamento com vitamina C parece desencadear as células KRAS mutadas a protegerem as células cancerígenas, aumentando os níveis de ferritina, uma proteína que liga o ferro. Mas, ao reduzir os níveis de ferritina, os cientistas conseguiram aumentar a toxicidade da vitamina C para as células cancerígenas. Em meio a essa descoberta, os cientistas também descobriram que pacientes com câncer com altos níveis de ferritina têm menor chance de sobrevivência.

A dieta, por sua vez, aumenta o efeito de doses farmacológicas de vitamina C contra o câncer com mutação no KRAS. Isso ocorre por meio da regulação dos níveis de ferro e dos mecanismos moleculares envolvidos no estresse oxidativo.

Com a combinação desses dois tratamentos não-tóxicos, a quimioterapia age de forma mais eficaz nas células tumorais, enquanto protege as células normais dos efeitos adversos do tratamento quimioterápico. A resposta antitumoral do sistema imunológico é melhorada, e fornece esperança para o desenvolvimento de uma nova geração de tratamentos ao câncer. O objetivo é mitigar a doença com medicamentos de baixa toxicidade, recorrendo apenas aos tratamentos mais agressivos caso a resposta inicial não seja satisfatória.

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