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Os 108 conselhos de um grande iogue

A essência dos ensinamentos do grande iogue indiano Lahiri Mahasaya, da Kriya Yoga Original, pode ser resumida em 108 conselhos. Alguns deles:

  1. Kriya é Verdade, o resto é falso.
  2. Praticar Kriya é o estudo dos Vedas, Kriya é jagya [a performance dos rituais Védicos]. Todos devem praticar esse jagya.
  3. Todos os Devatas, os deuses, praticam esses Kriyas. Aquele que pratica Kriya é um Devata.
  4. É preciso praticar Pranayama com muita seriedade e sinceramente.
  5. A prática de Kriya abre os Olhos da Sabedoria.
  6. O conhecimento de Brahma, o Eu fundamental, é atingido pela prática de Pranayama.
  7. A ignorância é automaticamente removida quando a prática de Kriya é perfeita.
  8. Pela prática de Pranayama, a ignorância é expulsa e o Conhecimento do Eu revela-se.
  9. Aquele que não vê Kutastha [o Eu interior entre as sobrancelhas] com a ajuda dos conselhos do Guru nesse corpo físico, é uma pessoa cega.
  10. Aquilo que salva da mente [respiração agitada], ou manasa, é chamado Mantra; aquilo que salva da anexação ao corpo é chamado Tantra.
  11. A transcendência do inalar e exalar é chamada Kebala Kumbhaka.
  12. A prática de Khecharimudra traz a vitória sobre os sentidos.
  13. Quando a língua é elevada, os sentidos são subjugados.
  14. Se alguém alcança o estado estabilizado em Khecharimudra, alcança o estado de samadhi.
  15. Aquele que é bem-sucedido em Khechari é afortunado.
  16. OM é Luz radiante. Quando essa Luz se espalha ao longo do corpo, tudo é visto; então, não há desejo de falar e olhar.
  17. O Ar [Respiração] é Deus.
  18. Quando alguém continua a refinar o açúcar mascavo, ele finalmente se torna branco. Similarmente, a prática contínua de Kriya leva o Pranayama à perfeição.
  19. Se alguém move a respiração [pratica Pranayama] sempre, a respiração cessa e se torna tranquila, sthira.
  20. O estado de Sthirattva, Tranquilidade, é chamado Yoga.
  21. Pratique Kriya pelo maior tempo possível, sentando em um asana, pelo menos uma vez ao dia.
  22. Se alguém golpear a porta com o ar reverso, ela se abrirá. Isso é chamado japam reverso. [isto é, tranquilizando apana, a respiração inquieta dos centros inferiores, elevando até o centro dorsal, e então se alguém golpear (fazendo Thokar) de acordo com o conselho, a porta interior se abrirá].
  23. Tendo praticado Kriya, é necessário permanecer no equilíbrio Depois-do-Efeito de Kriya.
  24. Você receberá os resultados de acordo com sua prática de Kriya.
  25. Se você sentir dor [durante a prática de Kriya] no corpo, compreenda que a prática não está indo bem.
  26. O trabalho real é afinar a meditação na Vacuidade [no quinto elemento, éter] abandonando três nervos: ida, pingala e sushumna e os quatro elementos: kiti, apa, teja e marut, respectivamente, terra, água, fogo e ar.
  27. Quando a mente está tranquila, não deseja desnecessariamente. No estado além do desejo, uma pessoa não realiza trabalhos desnecessários.
  28. Quando alguém atingiu a Respiração tranquila, o único trabalho que permanece é o de manter esse estado de tranquilidade sempre.
  29. É difícil expressar o estado quando a respiração se torna tranquila, Sthira.
  30. Quando a respiração está tranquila dia e noite, compreende-se o estado real de Rama Mantra.
  31. Quando a respiração está tranquila, ocorre o estado de Kumbhaka. Quando alguém vê a Si mesmo, chama-se Brahmajnana, “o Conhecimento de Brahma, o Eu último”.
  32. Não há necessidade de respirar. É um estado muito mais feliz; a tranquilidade está ali; isso é Brahma.
  33. Alguém se torna Brahma quando alguém se torna livre do desejo [A vida meditativa de Lahiri Mahasaya com Kriya foi de 1861 até 1873. As seguintes datas são encontradas em seu livro de anotações:]
  34. 13 de maio de 1873 – Qualquer coisa que alguém quer fazer, pode fazer.
  35. 29 de junho de 1873 – Eu entrei [no Cordão Espinhal] um pouco.
  36. 16 de julho de 1873 – Os sentidos perturbam hoje. Eu devo renunciar a todos os desejos e me dissolver.
  37. Os sentidos são obstruções; transcendê-los pela prática de Pranayama e dos Omkar Kriyas, hoje, eu tenho que dissolver perfeitamente. Esse é o único trabalho para mim.
  38. Não importa se a vida parte do corpo físico. Eu devo praticar Kriya com todo o meu coração.
  39. A prática de Kriya traz riqueza divina, isto é, Sthirattva, o estado de Tranquilidade.
  40. 13 de agosto de 1873 – Agora, permaneça sempre em Kumbhaka. Essa é a forma de Mahadeva, Lord Shiva; a cabeça sempre pesada, os olhos atraídos para cima; esse estado não se quebra quando a inalação está completa; nesse momento, o silêncio é muito benéfico.
  41. Alguém pode ver todas as deidades se retirar a mente inquieta e tornar-se introspectivo em Kutastha.
  42. Eu vi Radhaki [a companheira de Krishna] na base do Som interior.
  43. O sol é Kali (a Deusa Kali), eu mesmo sou Kali. Pensando sobre Kali tornei-me Kali. Agora serei o pai de Kali, Brahma, o Eu fundamental.
  44. O sol é Kali (a Deusa Kali), e eu sou o que sou.
  45. 13 de agosto de 1873 – Hoje tornei-me Mahapurusa, “o grande homem”.
  46. 17 de agosto de 1873 – Eu sou Mahapurusa. No sol eu vi que eu mesmo sou Brahma, o Eu fundamental.
  47. 18 de agosto de 1873 – O mundo se revela a partir da minha forma. Eu mesmo sou o único Purusa, o Ser supremo.
  48. 18 de agosto de 1873 – O mundo se revela a partir da minha forma. Eu mesmo sou o único Purusa, o Eu; não há mais ninguém.
  49. 22 de agosto de 1873 – Eu mesmo sou Adi Purusa Bhagavan, o primeiro Deus.
  50. 23 de agosto de 1873 – Qualquer coisa que eu disser é Veda. Tenha certeza disso.
  51. Eu vi quatro Vedas, Brahma, Vishnu e Maheswar (Lord Shiva) dentro da Yoni [entre as sobrancelhas].
  52. Eu vi uma cor azul na luz; no azul eu vi um ponto branco (bindu); e no ponto branco eu vi um homem que se manifestava como um hindu, um inglês, etc.
  53. Eu vi milhares de Krishnas.
  54. Eu vi o mais grandioso Krishna.
  55. 24 de agosto de 1873 – Eu próprio sou o Lord Krishna.
  56. 25 de agosto de 1873 – Eu próprio sou a Aksara Purusa, o Ser eterno. [Pode ser mencionado aqui que cada ritmo da Consciência do investigador em processo de união com o Eu fundamental é um estado de deidade, ou devata, até que ele se una completamente na Unicidade com Brahma.]
  57. 3 de outubro de 1873 – Eu sou o sol, o Mahadeva, a causa primeira.
  58. 12 de novembro de 1873 – Eu próprio sou Mahapurusa Purusottam, “o grande Ego, o Ser supremo”.
  59. 15 de agosto de 1874 – Não é possível alcançar Abhaya pada, “o estado sem temor” sem a ajuda de um Guru. É preciso manter a si mesmo na casa da Tranquilidade, sem a qual ninguém pode alcançar Abhaya pada, a compreensão eterna do Eu fundamental.
  60. Minha forma está em tudo; não há ninguém exceto eu, e essa forma está no Vazio. Não há dia nem noite ali.
  61. Se você se refugiar em mim com fé verdadeira, eu virei até você. Como eu poderia me manter longe?
  62. Eu permaneço presente, perto de todos que praticam Kriya.
  63. Se você escrever em ordem reversa e vê-la em um espelho, a escrita aparecerá direito. Similarmente, se você tornar a respiração do corpo reversa, você verá Swarupa, a forma do seu ego.
  64. Dualismo é a raiz de todo o sofrimento.
  65. Inquietação é manifestação, e Sthirattva, Tranquilidade, é o Lord Shiva.
  66. Você mesmo não sabe o que lhe proporcionará o bem.
  67. Se o esforço é gerado nos lábios, garganta e dentes, pela prática de Pranayama, o conhecimento é chamado Bhakti, ou devoção.
  68. Qualquer coisa que alguém pensar no momento da morte, ela se tornará isso em conformidade; da mesma forma, se você se torna Satchidananda no momento em que deixa o corpo, você se torna a si mesmo, o Eu fundamental.
  69. Quem é Kabir? Ele é o sol, e ele é Brahma, eu mesmo. [Esses nomes são encontrados em seu livro de anotação].
  70. Em Satyayuga Lahiri Mahasaya nasceu como Satyasukrita, em tretayuga ele foi Munindra; em dwaparayuga Karunamaya; e em kaliyuga ele foi Kabir. Depois, ele se tornou Shyama Charan.
  71. Se alguém meditar sempre em Deus, todos os seus outros trabalhos são cuidados pelo Próprio Deus.
  72. Se as pessoas querem partir, deixe-as partir; mas você deve permanecer firme em sua prática. Então, no final, você irá para a casa da Sthirattva, Tranquilidade.
  73. O movimento é chamado mundo.
  74. Aplicar corpo, mente e discurso na ação é chamado Ahingsa [Não-violência].
  75. Os animais são encantados pela música; se o homem não é atraído pelo som de OM, então ele é um tolo.
  76. Para além dos cinco sentidos existe a mente, isso é respiração; para além da mente existe buddhi, que é bindu, ou um ponto [entre as sobrancelhas]; para além de bindu, Brahma, o Eu fundamental, está o Puro Vazio e Informe.
  77. A mulher destrói o homem. Não olhe para ela a qualquer custo. [O sol do ego, isto é, o som, é referido aqui como homem; e a jyoti, luz do ego, é referido aqui como mulher. Em outras palavras, não se interesse em interpretar a jyoti, ou desenvolver conexões com as visões internas; pois, sobretudo, as visões são secundárias e não a Realização interna.] [É o som, Om, ou Nada, que ajuda o investigador a ir além de bindu, fundindo-se com a Unicidade de Brahma, o Eu fundamental].
  78. Eu vi o puro Vazio, que é Brahma, o Eu fundamental. A mente deve ser dissolvida nele.
  79. A mente não deve ser feita externamente. Qual é o benefício se a mente e os olhos estão tranquilos, mas não o corpo? Hoje, a respiração não desapareceu, e vários vícios são gerados.
  80. Fundir-se na pura Vacuidade chama-se Samadhi.
  81. Para além de Purusottam, o Ser supremo, existe Brahma, o Eu fundamental.
  82. Sem ser niskama, isto é, totalmente desprendido, não há possibilidade de fundir-se em Brahma. [Quando o vidente destrói seu personagem de vidente e torna-se um com o Eu fundamental, então o dualismo se dissolve].
  83. A vacuidade que está dentro da vacuidade chama-se grande Vacuidade, Brahma.
  84. Satyayuga é o equilíbrio Depois-do-Efeito de Kriya; tretayuga é o equilíbrio temporário Depois-do-Efeito de Kriya; dwaparayuga é a prática de Kriya; e quando alguém não a pratica, é kaliyuga para ele.
  85. Quando alguém transcende Basu, os desejos, ele se torna Deva, o Senhor; isto é, ele se torna Basudeva, ou Senhor Krishna.
  86. Alguém se torna Basudeva quando os basanas, os desejos, são transcendidos. Ele é o Senhor.
  87. Um mentiroso que não consegue manter sua palavra não é um bom homem; seu pai, isto é, seu Senhor também não é bom.
  88. A essência do Rama-mantra é colocar a língua em Talabya Kriya e continuar a ouvir o som de Om.
  89. Dentro desse corpo há outro corpo que é, de certa forma, negro.
  90. O conhecimento do Eu fundamental é o conhecimento da Unicidade através de si mesmo.
  91. Olhar para o meio da testa, acima do nariz e das sobrancelhas, é um pouco difícil; se alguém estabilizar-se nisso, este alcança o estado de Samadhi.
  92. Até Bhisma [avô de Kaurava e Pandava], isto é, o medo [na luz de Kriya Bhisma quer dizer do medo de praticar Kriya], receber três flechas, isto é, ida, pingala e sushumna em sua cabeça [unidas em Kutastha], nunca se torna Sthira, tranquilo; Todos devem praticar Kriya corajosamente.
  93. Ninguém é um pecador; ninguém é sagrado também; se a mente é colocada em Kutastha, então, não há pecado; de outra forma, se a mente está no exterior, existe pecado; em outras palavras, quando a mente não está em Kutastha, ela está em pecado.
  94. O velho pai [Babaji] é o Senhor Shiva.
  95. Eu vi Saptarsi, sete Iogues (Bhrigu, Atri, Angira, Marichi, Pulastya, Pulaha e Kratu); e quatro Manus (Sanaka, Sananda, Sanatan e Sanat Kumar).
  96. Todos os pecados são destruídos no equilíbrio Depois-do-Efeito de Kriya.
  97. Abidya, a ignorância, é o estado da mente exterior; Bidya, Conhecimento, é o equilíbrio Depois-do-Efeito de Kriya.
  98. Todos que praticam Pranayama verdadeiramente amam todos os seres.
  99. Devagar, devagar, todos as obras estão sendo feitas.
  100. As coisas mundanamente belas são venenosas. Se você as vê externamente, elas te atrairão; mas se você as vê internamente, elas são renunciadas. Isto é maya, ou inquietação.
  101. Deixe os outros irem como quiserem, mas você continue a praticar Kriya; Ela lhe proporcionará o bem; Você alcançará o estado de Tranquilidade, Sthirattva.
  102. Alguém pode dizer tudo quando a prática de Kriya continua espontaneamente nos seis centros.
  103. Ninguém é um pecador; a própria mente é uma pecadora quando ela se volta para fora, para longe de Kutastha.
  104. O Momento Tranquilo para além da respiração é Allah, isto é, a Casa da Tranquilidade.
  105. Brahma é Puro; Ele não deriva de nada; em outras palavras, Brahma é sempre Puro e Brahma nunca foi sentido anteriormente por ninguém. [Sentir algo somente é possível a partir do estado de dualismo. Mas se alguém se torna um com Brahma, torna-se o próprio Brahma. Então, não há possibilidade de sentir Brahma. Como resultado, Brahma permanece sempre intocável, Puro].
  106. Não seja desocupado. Pratique Kriya. Não espere por conselho para praticar Kriya.
  107. Exauste a sua respiração ao praticar Kriya. Eventualmente a respiração será Sthira, Tranquila.
  108. Toda a realização é possível pela prática da Primeira Kriya. É necessário que a prática seja estritamente de acordo com as instruções recebidas por um Guru pessoalmente.

 

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