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Cannabis medicinal é recomendada para trinta males

O que haveria de comum entre doenças como Alzheimer, mal de Parkinson, autismo, esclerose múltipla e epilepsia? Elas estão entre os trinta males que podem ser tratados com a Cannabis medicinal. O efeito terapêutico se deve ao canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da popular maconha – e que “não dá barato”, como já esclareceu o médico oncologista Drauzio Varella.

Divulgada pelo site Cannabis & Saúde, a lista de males que o canabidiol ajuda a combater inclui ainda: acne, anorexia, ansiedade, artrite, artrose, câncer, dependência de drogas, depressão, dermatite, diabetes, dor neuropática, endometriose, fibromialgia, doenças gástricas, glaucoma, aids, insônia, lesões, obesidade, osteoporose, paralisia cerebral, psoríase, transtorno do estresse pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo e doenças veterinárias.

O site afirma que a capacidade curativa do CBD tem a vantagem de não oferecer efeitos colaterais ou provocar vício. O grande potencial de aplicações, explica, deve-se aos canabinoides, que ativam o sistema endocanabinoide, presente no corpo humano e nos mamíferos em geral.

Esse sistema está espalhado por todo o corpo, assim como seus receptores. Age regulando processos fisiológicos como apetite, dor, inflamação, metabolismo e controle muscular. Daí a variedade de benefícios do CBD.

“O primeiro estudo brasileiro com o canabidiol foi realizado entre as décadas de 1970 e 1980 e comprovou o seu efeito anticonvulsivante”, disse Drauzio Varella ao UOL. “Os efeitos nocivos do CBD são poucos e raramente descritos. Isso abre um leque gigantesco para o uso clínico.”

Ele acrescentou: “Basicamente, ao entrar na corrente sanguínea e chegar ao cérebro, o CBD ‘acalma’ a atividade química e elétrica excessiva do órgão.”

 

CAMPANHA REVERTEU PROIBIÇÃO DE USO DA SUBSTÂNCIA

Em janeiro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma proposta para facilitar a importação de produtos à base do canabidiol, sobretudo com o intuito de facilitar o tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Em dezembro de 2019, a agência já havia liberado a venda desse medicamento natural em farmácias e drogarias do país.

Apesar de a Anvisa ter facilitado o processo para o uso medicinal da maconha, o cultivo da planta continua proibido, mesmo que para fins de tratamento. Em março, a pedido da agência, a Justiça suspendeu a autorização de cultivo que fora dada à Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), em Campina Grande, Paraíba.

Com 17 mil associados, a Abrace era a única entidade brasileira autorizada a cultivar Cannabis e manipular o CBD. A justificativa para a proibição foi “evitar a propagação indevida da maconha”.

Uma intensa campanha promovida pela Abrace, baseada sobretudo no alto custo do medicamento importado, reverteu a proibição. Uma parceria da associação com o Centro de Inovação e Tecnologia Telmo Araújo deverá permitir a instalação de mais um laboratório e o aumento da produção em até cinco vezes.

Um dos grupos que mais lutou pela manutenção da Abrace foi o de pais e parentes de autistas. O autismo se caracteriza por excesso de estímulos neuronais, que podem causar inflamações. O CBD age reduzindo a agitação generalizada e, com isso, produzindo um efeito terapêutico eficaz.

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