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A Roda das Emoções: entendendo seus sentimentos

Ao desenvolver um treinamento de inteligência emocional para um cliente, tomei contato com uma teoria muito interessante. E compartilho com vocês com o objetivo de ajudar o maior número de pessoas: Como identificar um sentimento? Nem sempre é fácil. Muitas vezes trata-se de uma mistura de emoções, que faz com que não consigamos dizer o que realmente vivemos no momento. Às vezes, soltamos a famosa frase: “Não sei dizer como estou me sentindo!”

Mas com essa ferramenta você vai se conhecer melhor emocionalmente. E sabendo como você está, também fica mais fácil decidir como mudar ou manter o estado emocional em que você se encontra.

O já falecido professor americano Robert Plutchnik, da Universidade de Columbia, passou boa parte da vida pesquisando as emoções humanas. E chegou a conclusões interessantes que podem nos ajudar no mundo corporativo, mas principalmente na vida pessoal. É um dos melhores estudos que temos sobre o que sentimos, e como podemos virar o jogo (se quisermos).

Plutchnik propôs uma classificação geral das emoções. Segundo ele, tudo o que sentimos tem como origem emoções primárias. Ou seja, qualquer sensação que você tiver tem como origem raiva, medo, tristeza, nojo, surpresa, ansiedade, confiança ou alegria. Ou seja, por mais que existam inúmeras emoções, a origem básica do que sentimos reside em um ou dois destes oito sentimentos.

E aqui o estudo começa a ficar mais interessante. Você se lembra de quando aprendemos a pintar no jardim da infância? Nossa professora de artes nos ensinou que se misturássemos as cores primárias teríamos cores secundárias. Pois bem, com as emoções acontece o mesmo!

Podemos ter duas emoções primárias simultaneamente, que, juntas, formam uma terceira. É como se juntássemos o amarelo e o azul para criar o verde. Neste caso, se misturarmos alegria com confiança teremos amor. Outra mistura bem legal é a da raiva com o nojo, que gera desprezo.

O estudo evoluiu para outras conclusões mais interessantes ainda. Houve a constatação de que a mistura de duas emoções secundárias pode gerar emoções terciárias. Mas para mim o que mais valeu dessa descoberta vem agora: a forma como a Roda das Emoções foi construída lhe ajuda a identificar os sentimentos de oposição. Ou seja, se você tiver um colaborador desmotivado, que nada mais é do que a junção de surpresa com tristeza, use os comportamentos opostos da Roda das Emoções para tirá-lo dessa vibe ruim gerando otimismo, que é a mistura dos comportamentos de serenidade e interesse. Sentimentos exatamente opostos na Roda. Genial, não?

Uma outra alternativa é que você mesmo passe a pensar em temas que geram seu interesse em algo. Assim, você pode sair sozinho do buraco e se sentir mais otimista.

E como tudo o que é bom pode ficar melhor, deixo uma dica para você que quer se aprofundar no tema. O médico David Hawkins ampliou os estudos de Plutchnik e criou uma outra Roda das Emoções, com descrições mais aprofundadas de novos sentimentos e, pasmem, pontuou a energia gerada por nossas células quando estamos felizes ou tristes.

Seus estudos provaram que a alegria gera sete vezes mais energia do que o medo. Assim, além de ser muito melhor sermos felizes, o corpo agradece! E você? Como está se sentindo depois de ler esse artigo?

Alberto Roitman, Chief Chaotic Officer da Escola do Caos, podcaster do Caos Corporativo e autor dos livros Você é o que você entrega! e A última chance (Garimpo & Parceiros).

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