“Para ser um profissional de inovação nos dias de hoje, é preciso aceitar uma situação de dicotomia entre estar constantemente atualizado com todas as informações que acontecem rapidamente no mercado e, ao mesmo tempo, aceitar que você nunca estará atualizado.” A afirmação é de Edu Paraske, publicitário e fundador da consultoria em inovação 16 01, em depoimento à Forbes Brasil.
Na avaliação do publicitário, para serem inovadoras, as empresas precisarão ser colaborativas e integradoras, o que significa assumir uma interdependência entre diferentes áreas e agregar diferentes tecnologias para que cultura, estrutura e estratégia andem juntas. Paraske apontou cinco profissões que já são realidade, pelo menos em termos de conceito, e que indicam o que vem por aí num futuro próximo.
- Designer de modelo de negócios: Trata-se do profissional que “cria e desenvolve modelos de negócios adequados para encontrar fluxos de receita e estratégias de preços para novos produtos ou serviços”. Ele também apoia equipes de inovação na busca de oportunidades de negócios. “Hoje em dia, muitas marcas tentam inovar e se deparam com uma necessidade de atuar em outro modelo, mas não sabem como fazer porque ficam apenas no core business”, disse Paraske.
- Especialista em metaverso: O mundo do metaverso exigirá profissionais com capacidade para promover a convergência e simbiose de diferentes disciplinas, assim como hoje há aqueles que entendem de mídia, planejamento, criação e outras áreas. No mundo dos games, disse o consultor, poucos realmente entendem todas as possibilidades oferecidas por esse novo universo.
- Especialista em NFT/Blockchain: Cresce a popularidade dos tokens não fungíveis (NFTs), cujo valor de vendas total chegou a US$ 2 bilhões no primeiro trimestre deste ano. “Ainda não alcançamos nem 10% de todo o potencial de negócios com NFTs, blockchain e criptomoedas”, afirmou o publicitário, prevendo oportunidades na utilização de tecnologias agregando valor com unidade de negócios.
- Protodipador baseado em dados: É cada vez mais fácil acessar e visualizar dados. Em breve, disse Paraske, tecnologias permitirão acesso aos dados de todas as plataformas em todas as áreas. Com isso, “a habilidade mais importante não será conseguir dados e analisá-los, mas sim, ter as ideias de que ações serão tomadas, que testes serão feitos, quais experimentos serão testados e quais protótipos teremos que colocar em prática”.
- Agente de mudança da inovação: As empresas precisarão de pessoas que se responsabilizem pela transformação da cultura de inovação dentro delas. Embora em parte já aconteça, isso se tornaria essencial. A figura do profissional encarregado de treinar empresas e mudar a cultura destas se tornará mais estratégica e mais capaz de gerar negócios.