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A conexão entre obesidade e a má qualidade do sono

Ficar acordado até tarde engorda? Pesquisas sugerem que a má qualidade do sono está ligada ao risco de obesidade ao desregular o apetite, o que, por sua vez, leva a um maior consumo de calorias. Mas um estudo recente aponta para uma nova abordagem: não é a perda de sono que leva à obesidade, e sim que o excesso de peso que provoca o sono ruim.

Os pesquisadores partiram do princípio de que o sono é uma função do corpo para economizar energia em um ambiente de escassez energética. As descobertas sugeriram que, se você jejuar por um dia, você sentirá  sono porque seus estoques energéticos foram reduzidos.

Nos seres humanos, a perturbação aguda do sono pode resultar em aumento do apetite e resistência à insulina. Isso explicaria porque pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm maior probabilidade de serem obesas e diabéticas. Além disso, a fome pode afetar o sono, indicando que é regulada, pelo menos em parte, pela disponibilidade de nutrientes.

 

Mudança de abordagem

Os pesquisadores se concentraram nas funções metabólicas do sono. Com o neurônio responsável pelo sono “desligado” em testes de laboratório, os pesquisadores verificaram uma queda severa nos níveis de adenosina trifosfato (ATP), a molécula responsável pelos níveis energéticos do organismo.

Isso sugere que o sono é uma tentativa do corpo em economizar energia, não causando a perda de energia. Logo, dormir não “emagrece”. Mas, se suprimirmos o gene responsável pela pressão no sono, acumularemos excesso de gordura, mesmo que nossos níveis de ATP tenham diminuído.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que a liberação de estoques de gordura é um mecanismo de indução do sono, e que não conseguir liberar a gordura é um fator primário para a insônia. Isso indica que há um problema de sinalização entre os estoques de gordura e as células cerebrais que controlam o sono, o que explicaria a relação entre obesidade e insônia.

Um novo caminho

Embora ainda haja muito a desvendar sobre o sono, este artigo leva a comunidade científica a compreender melhor uma das principais funções do sono, e como tratar seus distúrbios. Também sinaliza que uma abordagem holística, analisando o sono não apenas como uma função cerebral, seja o melhor caminho a ser seguido no futuro.

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