Fornecer consultas multidisciplinares para pacientes com HIV hospitalizados ajuda a solucionar barreiras sociais e médicas, reduz as taxas futuras de infecções e aumenta a participação nos cuidados de acompanhamento.
Uma equipe multidisciplinar de médicos especialistas em HIV e enfermeiros foi designada para ensinar os pacientes a se cuidarem melhor. Esse intensivo levou os pacientes a melhorarem as taxas de supressão viral em 30% e aumentarem o envolvimento no cuidado após a alta em 30% em comparação com aqueles sem intervenções.
Neste estudo, os pesquisadores de doenças infecciosas da UT Southwestern revisaram os registros eletrônicos de saúde para 1.056 pessoas vivendo com HIV no Sistema Hospitalar e de Saúde de Parkland entre setembro de 2013 e dezembro de 2015. O programa de intervenção se iniciou em outubro de 2014. Os pacientes hospitalizados com HIV receberam uma consulta médica sobre HIV (conforme solicitado pela equipe de tratamento primário), mais cuidados de enfermagem de transição (com base no risco de readmissão). Dos pacientes estudados, 68% eram do sexo masculino, 55% eram negros, 23% eram hispânicos, 77% eram solteiros e 38% tinham Aids.
Além disso, 85% dos que foram atendidos pela enfermeira de cuidados de transição relataram pelo menos uma barreira à continuidade dos cuidados, como problemas com a saúde mental e transtornos por uso de substâncias. Mais de um terço (39%) relatou três ou mais dessas barreiras. Muitos tiveram um envolvimento ruim no atendimento ambulatorial ao HIV e baixas taxas de supressão virológica.
O sucesso da abordagem multidisciplinar reforçou a importância não apenas da assistência médica especializada, mas também do papel crítico dos determinantes sociais da saúde, como transporte, instabilidade habitacional e transtornos por uso de substâncias na melhora desses pacientes.
