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A importância do distanciamento social entre os animais

Os microrganismos que vivem no interior de nosso corpo desempenham um papel crucial na manutenção de nossa saúde e no desenvolvimento de doenças. Mas, se nos expormos de forma continuada a pessoas com uma composição microbiana diferente da nossa, podemos acabar infectados com corpos estranhos, que não participavam da composição original de nossa flora intestinal.

Pesquisadores coletaram evidências sobre a importância de manter a distância física e assim minimizar a disseminação de micróbios entre os indivíduos, a fim de compreender melhor como o distanciamento social funciona ao reduzir o impacto de doenças contagiosas.

Transmissão cruzada

O microbioma ou a flora intestinal se refere a todos os microrganismos que habitam no trato digestivo, começando com o estômago e terminando com o cólon. Na última década, a flora intestinal foi observada por um foco mais científico, porque acredita-se que um microbioma não saudável pode levar à obesidade, função imunológica prejudicada, resistência enfraquecida a parasitas e até mudanças comportamentais.

Os cientistas observaram macacos em ambiente natural para entender qual o papel da genética, dieta, agrupamentos sociais e distância em uma rede social quando se trata dos micróbios encontrados no intestino de um animal. Os estudos de animais selvagens podem nos ensinar muito sobre a importância do uso de intervenções, como o distanciamento social, para garantir uma comunidade mais segura durante essa pandemia.

Porém, pesquisar a flora intestinal é difícil devido à variação na composição microbiana entre os indivíduos. Uma questão de longa data é se essa variação é motivada por constituição genética, dietas ou ambientes sociais. Para encontrar uma resposta, os pesquisadores estudaram 45 macacos colobus que se reuniram em oito grupos sociais diferentes numa pequena floresta em Gana.

Contato fortuito

Os cientistas observaram grandes diferenças entre os microbiomas intestinais dos grupos sociais. No entanto, indivíduos de diferentes grupos que estavam mais conectados tinham microbiomas intestinais semelhantes. Essa descoberta indica que os micróbios podem ser transmitidos durante encontros ocasionais com membros de outros grupos sociais.

No caso dos seres humanos, um tipo de contato semelhante acontece quando nos aproximamos uns dos outros em uma loja, por exemplo, ou quando encostamos acidentalmente em alguém. Esse contato fortuito é o suficiente para transmitir alguns micróbios.

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