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Controlar a poluição do ar melhora a saúde de todos

Controlar a poluição do ar apresenta bons resultados para a saúde a médio prazo, e reduz a mortalidade por todas as causas, não só por doenças respiratórias. Combater as emissões de gases poluentes na atmosfera não é, portanto, benéfico apenas para o planeta. É bom para toda a população.

 

Alguns exemplos de medidas bem-sucedidas

Esses impactos podem ser sentidos a partir de medidas de saúde pública que visam reduzir a emissão de gases poluentes provenientes da indústria. Nos Estados Unidos, o fechamento de uma siderúrgica em Utah resultou na redução de metade das internações por pneumonia, pleurisia, bronquite e asma, o absenteísmo escolar diminuiu 40% e a mortalidade diária caiu 16% a cada 100 µg/m3 de gás poluente diminuído. Além disso, as mulheres que estavam grávidas durante o fechamento da fábrica tiveram menos probabilidade de ter partos prematuros.

Reduções drásticas nos meios de transporte também trazem benefícios para a saúde da população. Durante os Jogos Olímpicos de 1996 partes de Atlanta foram fechadas a fim de auxiliar os atletas a chegarem a seus eventos a tempo. Essa medida também diminuiu bastante a poluição do ar e, como consequência, nas quatro semanas seguintes, as internações por asma diminuíram em 19%, e as consultas médicas por esse mesmo motivo caíram em 40%. Da mesma forma, quando a China impôs restrições de fábrica e de viagens para a Olimpíada de Pequim, a função pulmonar melhorou em dois meses, com menos consultas médicas relacionadas à asma e menor mortalidade cardiovascular.

 

Mudanças de hábitos

Além das políticas públicas, a mudança de eletrodomésticos por fontes de energia livres de poluentes também melhora a qualidade de vida. Na Nigéria, as mulheres grávidas que trocaram os fogões de carvão por gás natural tiveram crianças com peso maior, maior idade gestacional no parto e menor mortalidade perinatal.

Legislações antitabagistas também melhoram a qualidade do ar. A partir da primeira semana da proibição de fumar em espaços públicos na Irlanda, por exemplo, houve uma queda de 13% na mortalidade por todas as causas, uma redução de 26% nas doenças isquêmicas do coração, uma redução de 32% no AVC e uma redução de 38% nas doenças crônicas. 

 

Uma mensagem de esperança

Um estudo recente analisou intervenções que reduziram a poluição do ar. O relatório também examina o impacto das políticas ambientais economicamente. Ele destaca que, 25 anos após a promulgação da Lei do Ar Limpo, os benefícios à saúde excederam o custo em 32: 1, economizando 2 trilhões de dólares. As emissões dos principais poluentes (material particulado [PM], óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, compostos orgânicos voláteis e chumbo) foram reduzidas em 73% entre 1990 e 2015, enquanto o produto interno bruto dos EUA cresceu mais de 250%.

A poluição do ar é um risco evitável à saúde que afeta a todos. O crescimento urbano, a expansão da industrialização e o aquecimento global aumentam o grau de urgência no controle da poluição e enfatizam as consequências da inação. Felizmente, reduzir a poluição do ar pode resultar em ganhos de saúde imediatos e substanciais. Políticas abrangentes que afetam um país inteiro podem reduzir a mortalidade por todas as causas dentro de semanas.

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