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Demonstrações físicas de afeto fortalecem qualquer relacionamento

Um relacionamento mais forte pode ser construído com abraços e beijos. Um estudo recente analisou os efeitos do toque íntimo, não-sexual, como dar as mãos e enlaçar seu parceiro, em diferentes estilos de apego, que vão desde indivíduos que preferem maior distância interpessoal àqueles ansiosos por mais intimidade. Esse estilo é desenvolvido na infância, mas pode mudar com o tempo e de acordo com os indivíduos em questão. Tudo depende de quão abertas, próximas e seguras as pessoas se sentem umas com as outras.

Para determinar a conexão entre o estilo de apego, a satisfação com o toque e a satisfação conjugal, os pesquisadores analisaram 184 casais heterossexuais. Cada pessoa foi entrevistada separadamente sobre suas tendências de apego, a quantidade de toque e afeto rotineiro em seus relacionamentos e sua satisfação com o casamento.

Os pesquisadores não esperavam encontrar surpresas nesse resultado. A hipótese prevalente era que indivíduos esquivos preferem menos toques, enquanto pessoas ansiosas preferem mais toques. Mas os resultados foram um pouco diferentes.

Percepções diferentes entre homens e mulheres

Quanto mais carinhos rotineiros os casais trocavam, mais se sentiam satisfeitos com o toque de seus parceiros, mesmo se fossem pessoas mais esquivas. Para os homens, os níveis mais altos de afeto estão associados à satisfação do relacionamento, indicando uma relação positiva entre o carinho e o sucesso no casamento. Para as mulheres, os níveis mais baixos de afeto estavam correlacionados com a insatisfação no relacionamento, isso significa que o toque é um ingrediente essencial para a felicidade no casamento, e a sua ausência, uma forma negativa. Esta é uma distinção sutil entre as percepções de homens e mulheres, e importante para se notar como cada membro do casal enxerga essas interações.

Mas, no geral, quanto mais demonstrações físicas de afeto o casal trocar, maior a satisfação com seu relacionamento. Segundo os pesquisadores, isso pode acontecer mesmo com toques muito discretos. Por exemplo, segurar a mão de seu parceiro numa discussão diminui a animosidade e o estresse, e torna a conversa mais produtiva. Quaisquer que sejam as inseguranças com o apego, a percepção desse toque está associada a essa satisfação, pois permite enxergar com mais facilidade a tentativa de envolvimento emocional entre os parceiros.

Os pesquisadores enfatizaram que o estudo se concentrou apenas no toque saudável e consensual, não na manipulação ou abuso. O toque tem significados diferentes para certas pessoas; uma pessoa com distúrbio do espectro do autismo pode ficar impressionado com a sensibilidade tátil, e outra pessoa com histórico de trauma pode interpretar o toque de forma negativa.

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