Passar um ano seguindo uma dieta mediterrânea aumenta os tipos de bactérias intestinais ligadas ao envelhecimento saudável do nosso organismo, enquanto reduz aquelas associadas às inflamações. Como o envelhecimento está ligado à deterioração das funções corporais e ao aumento dos níveis de inflamação, uma dieta rica em gorduras saudáveis e com baixo índice glicêmico ajuda a atrasar esse processo.
Uma dieta pobre e restritiva, comum entre as pessoas idosas, reduz a variedade e os tipos de bactérias encontrados no intestino. Essas bactérias intestinais estão associadas ao combate da fragilidade física e do declínio cognitivo na terceira idade.
As melhoras incluíram o aumento da velocidade na caminhada, da força de pressão manual, e melhora da função cerebral, especialmente à memória. Além disso, houve uma queda na produção reduzida de enzimas inflamatórias potencialmente prejudiciais ao organismo.
Análises mais detalhadas revelaram que as alterações no microbioma estavam associadas a um aumento de bactérias conhecidas por produzir ácidos graxos benéficos e a uma diminuição de bactérias envolvidas na produção de ácidos biliares, cuja superprodução está ligada a um risco aumentado de câncer de intestino, resistência à insulina, danos ao fígado e às células.
Além do mais, as bactérias que proliferaram em resposta à dieta mediterrânea expulsaram do organismo os micróbios associados à fragilidade. As mudanças foram em grande parte impulsionadas por um aumento na fibra alimentar e vitaminas e minerais associados – especificamente C, B6, B9, cobre, potássio, ferro, manganês e magnésio.
E, embora existam algumas diferenças na composição do microbioma intestinal de uma pessoa, dependendo do país de origem, a resposta à dieta mediterrânea após 12 meses foi semelhante e consistente, independentemente da nacionalidade.