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Mães amorosas, filhos em relacionamentos saudáveis

O amor e a aceitação das mães em relação aos seus filhos são fatores importantes para impedir que essas crianças tenham um relacionamento abusivo mais tarde na vida, mesmo que os seus próprios casamentos estejam longe do ideal.

Já havia sido comprovado em pesquisas anteriores que adolescentes expostos a conflitos conjugais correm um risco maior de sofrerem em relacionamentos abusivos. No entanto, um novo estudo descobriu que o relacionamento da criança com a mãe serve como amortecedor para essas situações ruins. Em outras palavras, a autoestima do jovem se mantém intacta em meio ao casamento ruim dos pais devido ao amor materno.

As crianças formam modelos de trabalho internos sobre si e sobre os outros, com base na qualidade de seu relacionamento com os pais. Se o cuidador principal é abusivo ou inconsistente, as crianças aprendem a se ver como desagradáveis, ​​hostis e não confiáveis. Mas, comportamentos parentais positivos, caracterizados por aceitação e carinho, ajudam as crianças a formar modelos positivos, e se entender como pessoas amáveis ​​e dignas de respeito.

Ter isso em mente pode ajudar no desenvolvimento de intervenções que impeçam os adolescentes de sofrerem abuso físico, emocional ou sexual.

 

Mães protegem os filhos dos conflitos em famílias disfuncionais

O estudo faz parte de uma pesquisa em andamento sobre o desenvolvimento de filhos de pais alcoólatras. Pelo menos mais da metade dos participantes relatou que um dos cuidadores, mais frequentemente o pai, possuía problemas com álcool. Os pesquisadores examinaram o grupo devido à conexão entre alcoolismo nos pais e disfunção familiar.

Embora o alcoolismo não tenha sido diretamente relacionado à violência entre adolescentes, as crianças que crescem em famílias alcoólatras experimentam uma maior exposição ao conflito conjugal e violência doméstica em comparação aos filhos de famílias não-alcoólatras. Mas o estudo verificou que nem todas as crianças de famílias alcoólatras se envolveram em relacionamentos violentos, sugerindo que existem fatores de proteção em jogo. Esses fatores precisam ser identificados para avançar nos esforços de prevenção.

O estudo descobriu que as crianças que experimentaram níveis acima da média de comportamentos parentais positivos da mãe tinham menos probabilidade de se envolver em violência no namoro quando adolescentes, mesmo com os altos níveis de conflito no casamento dos pais. Níveis mais baixos de carinho, capacidade de resposta e apoio da mãe não contribuíam para melhorar a percepção dos adolescentes sobre si.

 

Mudanças na abordagem

A influência conjunta do conflito entre os pais e as interações entre mães e filhos implicam a necessidade de uma abordagem multifacetada. Uma intervenção que promova a comunicação e a resolução de conflitos no casamento e estimule o comportamento positivo dos pais com os filhos.

Os cuidadores que são mais capazes de se comunicar e resolver problemas dentro de casa terão menos conflitos na família. Essas pessoas podem ajudar a modelar habilidades apropriadas de resolução de conflitos em seus filhos. A capacidade de resolver conflitos com sucesso também reduz o estresse e permite que os pais sejam mais responsivos às necessidades de seus filhos.

Estudos futuros irão examinar os efeitos do conflito conjugal em crianças do sexo masculino e feminino, e os efeitos protetores de uma parentalidade positiva no caso de um relacionamento em que as mães apresentam comportamento disfuncional.

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