Mas o que é a vida, afinal? Uma onda. A luz deve seguir a noite, assim como a noite deve seguir o dia. O brilho do sol deve seguir as nuvens, e as nuvens devem seguir o brilho do sol. Essa mudança constante é o padrão da natureza.

Nós queremos o brilho do sol o tempo todo, mas se isso acontecesse, nossa pele ficaria queimada e nossos olhos não conseguiriam ver. Ninguém pode viver neste mundo com a luz do sol o tempo todo, mas também não poderíamos viver na escuridão, ficaríamos deprimidos e doentes.

A verdadeira beleza da experiência da vida está justamente nessa constante variação de luz e sombra, de altos e baixos, que está fora e dentro de nós.

Não podemos viver de felicidade o tempo todo, nossos órgãos sensoriais não podem ver, ouvir, sentir sem uma mudança ou contraste. Precisamos dos altos e baixos e das mudanças para sobreviver.

A vida é vibração, a vida é onda, e o caminho é tentarmos ser cada vez mais neutros. Ter uma mente mais receptiva e que compreenda que a vida é mesmo feita de ciclos.

E quando vier a maré forte com ondas grandes, saber surfar nelas, sentir e experimentar a adrenalina e a emoção, para quando a maré baixar e as ondas aquietarem você poder deitar na sua prancha e ir com a correnteza, com a maré e com o flow da vida. Mas sabendo que logo, logo as ondas vão voltar.