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Mulheres na liderança, garantia de mais riqueza

Mulheres em cargos de liderança geram mais riqueza para empresas e países. Quem diz isso com todas as letras é a francesa Corinne Ripoche, CEO regional da Adecco – líder mundial no mercado de consultoria de recursos humanos – para a América Latina. Em entrevista à Forbes, Ripoche enumerou qualidades desejadas – e imprescindíveis – que as mulheres são capazes de oferecer no mundo dos negócios: empatia, resiliência, autenticidade e inteligência emocional.

“Se as mulheres tivessem os mesmos ganhos que os homens, a riqueza global cresceria em US$ 172 trilhões”, afirmou a CEO, que integra diversos grupos de liderança feminina no mundo. Segundo ela, igualdade de gênero é crucial para o sucesso dos negócios e existe, sim, um perfil de liderança feminina diferenciado.

“As mulheres precisam assumir suas qualidades”, disse Ripoche. “Acredito que autenticidade é uma delas. Geralmente temos líderes mulheres muito autênticas, capazes de sentir e ver o mundo de outra maneira. Em segundo lugar, são compassivas, empáticas, algo que é muito importante nas empresas hoje. E por fim temos o que eu chamo de QE, Quociente Emocional, que é a capacidade de ser resiliente, de lidar com as emoções. É uma inteligência emocional. São características que eu vejo em mulheres de todos os países onde estamos.”

Para a CEO, a liderança feminina é capaz de aumentar o PIB dos países. Ela citou como exemplo a Índia, explicando que ali o microcrédito concedido a mulheres ajuda a destravar o PIB. “Entre as quinhentas maiores empresas americanas”, prosseguiu, “aquelas que têm uma mulher como CEO registram um desempenho muito bom ou melhor em tempos de incertezas. Se a empresa tem uma diversidade maior, a performance é melhor.”

 

NOVAS GERAÇÕES MAIS ATENTAS A PRÁTICAS INCLUSIVAS

A líder francesa discordou da afirmação de que as mulheres não alcançam mais cargos de liderança por não quererem ocupar esse espaço. O que acontece, segundo ela, é que as mulheres sempre precisam fazer mais esforço que os homens para chegar ao topo e ainda precisam cuidar do trabalho doméstico. “Eu não acho que seja algo da essência feminina não querer ser líder. É o estilo de vida que elas levam que impede essa conquista”, disse, lembrando, porém, que novas gerações já não aceitam “essa divisão desequilibrada”.

Para Ripoche, as novas gerações não aceitam discursos sobre diversidade e inclusão que não seja acompanhado de ações. “Fizemos uma pesquisa e percebemos que toda vez que uma pessoa da geração Z procura por uma empresa, ela olha se essa companhia promove a diversidade e a igualdade de gênero. A segunda coisa que olham é como a empresa se comporta em termos de práticas sustentáveis”, afirmou.

Para a CEO, a pandemia trouxe situações de esgotamento emocional para as mulheres, mais que para os homens, causadas por sobrecarga de trabalho aliada a tarefas domésticas. Por isso, disse ela, no Brasil a Adecco disponibilizou suporte permanente a funcionários para a manutenção da saúde mental e outros problemas.

“Nós demos aos funcionários tempo e uma ajuda financeira para que eles organizassem a vida em casa no começo da pandemia, para que eles mudassem e passassem a trabalhar de casa”, disse. “Como nós, muitas empresas estão criando novas maneiras de trabalhar: meio período, horas flexíveis, dias flexíveis.”

 

Com informações de entrevista de Fabiana Corrêa para a Forbes.

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