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O céu da pandemia como oportunidade de crescimento

Já faz algum tempo que a comunidade astrológica especulava a respeito de um “encontro” planetário muito esperado: a conjunção de Júpiter, Saturno e Plutão no final do signo de Capricórnio. Desde 2019 estes planetas se aproximavam lentamente, prenunciando algum (ou alguns) evento(s) marcante(s) para a coletividade.

Além desses três, a posição de Urano e Netuno também é observada por estudiosos do céu. Ao estudarmos o conjunto da trajetória dos chamados “planetas lentos” pelo Zodíaco, entramos no terreno de uma especialidade da astrologia conhecida como Astrologia Mundial, ou Astrologia Coletiva, ou ainda Astrologia Mundana.

Como têm um movimento mais lento pelos signos zodiacais, esses planetas são anunciadores e indicadores das situações coletivas por que passamos ao longo da vida: Júpiter percorre um signo por ano, coisa que Saturno demora dois anos e meio para fazer; Urano leva sete anos para fazer o mesmo trajeto, e Netuno e Plutão custam de 15 a 30 anos para percorrerem um signo de ponta a ponta.

Um encontro como esse que está acontecendo em 2020 é bastante raro: uma nova conjunção de Júpiter, Saturno e Plutão em Capricórnio só deverá se repetir daqui a 800 anos, aproximadamente. Exatamente por isso esse tão esperado fenômeno provoca impacto tão inédito na história da humanidade.

Um outro olhar também importante na astrologia é o método de pesquisa desenvolvido por dois astrólogos franceses, Henri Gouchon e André Barbault. Tão importante que passou a ser conhecido como o Índice Gouchon-Barbault. Eles descobriram que quanto mais perto se encontram os planetas lentos no Zodíaco, independentemente do signo em que estão, mais crítico é o momento para a humanidade. No gráfico que criaram acompanhando essa proximidade, constataram que sempre houve algum reflexo planetário nos momentos de maior proximidade entre eles.

O gráfico mais conhecido dessa pesquisa marcava os anos de 2020 a 2022 como um período dos mais críticos para o planeta. Isto porque temos e teremos durante esse intervalo de tempo a seguinte localização: Júpiter e Saturno transitando entre Capricórnio e Aquário; Urano em Touro; Netuno em Peixes; e Plutão também em Capricórnio. Assim, todos estão e estarão situados a menos de cem graus de ângulo no Zodíaco, ou seja, todos agrupados em apenas um quarto do cinturão zodiacal. Segundo Gouchon e Barbault, é o período em que o gráfico sofre sua maior queda, criando um abismo profundo que dura esses dois anos.

Nesse período, detalhamos alguns momentos mais significativos:

  • Neste segundo semestre de 2020 ainda prevalecerá o “aglomerado” de Júpiter, Saturno e Plutão em Capricórnio. Isto, traduzido em linguagem leiga, significa que a época ainda será de idas e vindas na questão da quarentena e do isolamento social. É compreensível que governantes queiram começar a movimentar a economia, mas essa configuração indica que será uma época de tentativa e erro: alivia-se o isolamento, os surtos ressurgem; aperta-se o isolamento, os surtos regridem.
  • Temos uma outra configuração preocupante para o período: o planeta Marte, nosso lado guerreiro, acaba de entrar em seu próprio signo, Áries, e vai permanecer todo este semestre em um movimento de ida e vinda dentro de Áries; e em alguns períodos dessas idas e vindas, ele formará um ângulo de tensão com o trio que está em Capricórnio “esquentando a temperatura”, principalmente entre países que tenham relações tensas. No nível coletivo, também pode ser um momento de protestos, confrontos, manifestações, contestações.
  • Em meados de dezembro, Júpiter e Saturno deixam Capricórnio e entram em Aquário. Aqui já pode ser um momento de alguma reorganização das relações internacionais, já que as conjunções destes planetas sempre produzem algum reflexo na diplomacia. Vamos esperar e torcer para que líderes mundiais procurem reformular seus olhares sobre o equilíbrio de forças que rege as relações entre países.
  • A chegada de Saturno a Aquário no final do ano apresenta um outro ângulo que prevalecerá durante 2021: ele estará praticamente o ano inteiro formando um aspecto tenso (90 graus – quadratura) com Urano, que se encontra no início de Touro. Aqui teremos o já conhecido choque entre os que querem mudar as coisas (Urano) e aqueles que querem deixar tudo como está (Saturno). Este vai ser o tema do próximo ano.

Em meio a tudo isso, não devemos temer o fim do mundo. Segundo os astrônomos, nosso planeta ainda tem uns 4 bilhões de anos pela frente. E pouco a pouco, como costuma acontecer, essas tensões irão se aliviando e nos trazendo a expectativa e a esperança de que sairemos dessa crise mais amadurecidos, com um olhar modificado sobre o que significa viver aqui e agora.

A lição que fica desse período histórico é que temos uma oportunidade inédita de testemunhar um evento raríssimo, e que, em última instância, deverá servir para entrarmos numa nova etapa da nossa existência na superfície da Terra, porque é justamente nos períodos de crise que crescemos como humanidade, como coletividade. E certamente essa lição que estamos aprendendo com as restrições impostas pela questão sanitária mundial deverão servir para o nosso crescimento espiritual. E crescimento espiritual não tem nada a ver com religião.

Waldemar Falcão é astrólogo e escritor.

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