De longe, o motivo mais comum para não revelar uma doença mental no trabalho é o medo de estigma e discriminação. O estigma contra a doença mental é intenso, comparável ao estigma associado ao HIV-AIDS ou ao abuso de álcool e drogas. Um indivíduo que revela doença mental no trabalho corre o risco de ser percebido como instável, incompetente, não confiável ou mesmo perigoso.
Muitos trabalhadores com doença mental temem que a divulgação de seu diagnóstico ao empregador afete negativamente seu status. Os resultados negativos podem incluir ser rebaixado para um emprego de salário mais baixo, ser preterido para uma promoção ou até ser demitido. A divulgação também pode desencadear mudanças nas expectativas de desempenho, como ser atribuído a tarefas menos importantes, sendo supervisionado mais de perto e a uma carga de trabalho mais pesada.
Da mesma forma, um trabalhador que diz aos colegas sobre sua doença mental não pode ter certeza de sua resposta. Os colegas que acreditam nos estereótipos negativos da doença mental podem responder com evasão, condescendência, medo ou hostilidade. As apreensões de ser excluído e percebido como “diferente” criam motivos poderosos para não divulgar.
Paradoxalmente, muitos trabalhadores que afirmam não divulgar seu diagnóstico de doença mental séria no trabalho ainda acreditam que o trabalho seria mais fácil para eles se o empregador soubesse da doença. Uma melhor compreensão de como a divulgação ocorre e de como os empregadores respondem poderiam informar políticas que capacitariam mais trabalhadores a falar sobre sua doença mental com seu empregador, com confiança em um resultado positivo.
