Tudo o que ingerimos afeta diretamente nossa flora intestinal, agindo como medicamentos para nosso corpo. Esse conhecimento é essencial para a medicina holística, e recentemente está sendo adaptado pela medicina alopática como uma forma eficaz de prevenir e combater infecções.
Resta porém entender como os alimentos desempenham essa função; e, se possível, como melhor aproveitá-los para a manutenção de uma boa saúde. Recentemente, pesquisadores descobriram uma nova maneira de usar a dieta para controlar micróbios nocivos em nosso intestino, enquanto promovem o crescimento de bactérias benéficas.
Quais alimentos possuem funções antimicrobianas?
Os alimentos desencadeiam a produção de bacteriófagos, vírus que infectam e se replicam dentro das bactérias. Esses alimentos são compostos por estruturas que promovem a replicação do fago.
Os pesquisadores começaram identificando quais alimentos tinham funções antimicrobianas e os analisaram antes de reduzi-los a uma lista restrita. Ao examinar as curvas de crescimento de bactérias, eles observaram que, se os fagos são ativados, o crescimento bacteriano para completamente e seu número diminui drasticamente até que se esgote.
Os alimentos testados com efeitos antimicrobianos incluem mel, alcaçuz, estévia, aspartame, molho picante, ervas como orégano, especiarias como canela e cravo, ruibarbo, uva ursi e extrato de nim. Destes, o mel, a estévia, o aspartame, o nim e a uva ursi tiveram o maior impacto no desencadeamento da produção de fagos.
Um delicado equilíbrio
Nossa flora intestinal é composta por centenas de bactérias diferentes e pelos fagos que hospedam. Alterar nossa dieta para equilibrar essa flora é uma abordagem eficaz para combater uma série de problemas de saúde, como problemas na capacidade cognitiva, metabolismo, ganho ou perda de peso, distúrbios de humor, inflamações crônicas. Os alimentos podem ser usados como remédio para corrigir desequilíbrios.