Quatro tendências no mínimo curiosas para alimentos e bebidas foram apontadas por Alex Ledsom, colaboradora do site da Forbes, como presenças fortes no mundo em 2021. Segundo ela, esses produtos deverão explodir no mercado, estimulados pela pandemia do coronavírus, embora à primeira vista isso possa parecer improvável. São soluções práticas para uma indústria abalada pela crise da Covid-19, garante Alex.
- Insetos: Ricos em proteína, os insetos têm cultivo e produção relativamente fáceis. Também são baratos. Integram a dieta regular em países asiáticos, mas ainda são incomuns em outros cantos do mundo. O consumo humano de insetos como alimentos é chamado de entomofagia. Atualmente, 2,5 bilhões de pessoas no mundo os comem – crus ou cozidos. Mas as novas empresas que os oferecem como alimento precisam ainda vencer o fator “eca” para conquistar o mercado em países ocidentais. Em países europeus, grandes supermercados já estão vendendo insetos: no Reino Unido, o Sainsbury’s; na Espanha, o Carrefour; na Alemanha, o Kaufland.
- Proteínas vegetais e outras alternativas à carne: A previsão é de que, em termos de investimentos e vendas, crescerá a procura por carnes vegetais, frutos do mar, laticínios e carnes ou frutos do mar produzidos em laboratório. Novas empresas se dedicam a essas alternativas. Em Wilmington, nos EUA, a Aquible está produzindo proteína vegetal. Em Manchester, na Inglaterra, a Naturinni se dedica a um bacon vegetal que fabricantes de carne acrescentam a seus produtos.
- Vinho em caixa: Embora associado a marcas de baixa qualidade, o vinho em caixa deve crescer no mercado. Startups – como Black Box, Bandit e Jenny and François – estão vendo vantagens de custo, armazenamento e meio ambiente na substituição de garrafas por caixas – e também considerando a crise do coronavírus. Para os consumidores, as caixas permitem guardar uma quantidade maior de vinho sem ter que sair para comprá-lo. Para restaurantes, seria mais higiênico do que levar garrafas à mesa. Produtores dizem que o vinho em caixa dura quatro semanas a mais que o vinho engarrafado, depois de aberto. Além disso, as caixas gerariam a metade da emissão de carbono resultante da produção de uma garrafa. E o transporte seria mais barato.
- Bebidas de celebridades: Se até pouco tempo atrás era comum ver astros e estrelas em propagandas de perfume e loção pós-barba, a nova tendência seria os artistas promoverem marcas de bebidas alcoólicas que lhes pertencem. George Clooney tem sua marca de tequila, Ryan Reynolds apostou no gim e atrizes como Drew Barrymore e Cameron Diaz já lançaram vinhos e champanhes. Este ano, a cantora australiana Kylie Minogue lançou seu segundo vinho rosé. Brad Pitt foi mais longe: abriu uma casa inteira de champanhe rosé, com garrafas a quase 300 dólares. Vinícolas e casas de champanhe estariam cada vez mais dispostas a ganhar com a popularidade de celebridades, associando-se a elas.