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Como a preguiça pode impulsionar a inovação

A preguiça é considerada um sentimento ruim, mas essa percepção muda quando ela é canalizada para encontrar novas formas de fazer tarefas tediosas. Em outras palavras, a preguiça tem seu lado positivo quando é voltada para o pensamento criativo e nossa inventividade.

Quando somos “preguiçosos” e não sentimos a disposição necessária para fazer uma tarefa indesejável, colocamos nossa cabeça para funcionar e encontrar soluções que facilitem nossa vida. Nós tentamos simplificar o processo para economizar tempo e esforço, e acabamos tornando a tarefa mais eficiente.

Nos últimos anos, psicólogos e empreendedores aprimoraram a percepção de que a preguiça impulsiona a inovação. Isso acontece porque a indisposição para cumprir tarefas laboriosas e tediosas tem raízes na nossa inclinação natural a facilitar processos. 

 

Uma disposição natural

De certa forma, nossos cérebros estão conectados à preguiça. Para nossos ancestrais símios, a energia era um recurso precioso. Tivemos que economizar energia para competir por comida, fugir de predadores e lutar. Aprender a calcular os custos e benefícios calóricos de nossas ações foi fundamental para nossa sobrevivência, e gastar energia com ganhos de curto prazo era muito arriscado. Aprendemos a nos arriscar menos e a seguir o caminho de menor resistência.

Agora que a sobrevivência não é mais um problema, parece natural que optemos pela indolência. No entanto, esse não é o caso. Nunca se trabalhou tanto no mundo. Uma pessoa adulta trabalha mais horas por semana, dorme menos e produz 400% a mais em comparação com os anos 1950. Uma cultura centrada na produtividade transforma os indivíduos em commodities. O seu valor é intrínseco à sua capacidade de diligência; quanto mais trabalhamos, mais produzimos e mais valiosos somos.

Do ponto de vista da psicologia, essa cultura viciada em trabalho é reforçada pela ideia de que o alto funcionamento executivo e a conquista de objetivos são traços essenciais para o sucesso e a felicidade. Enquanto isso, devaneios e divagações estavam correlacionados com a infelicidade. Isso mudou, porém. As pesquisas atuais em psicologia e neurociência apontam para uma nova compreensão do valor de uma mente errante.

Nesta era de excesso de trabalho, nossa saúde e felicidade precisam dessa ociosidade artística para florescer.

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