A camada de ôzonio, que nos protege dos raios ultravioleta, está aparentemente se recuperando depois que os buracos foram descobertos nos anos 1980. O hemisfério norte deve estar completamente recuperado em 2030 e a Antártida em 2060. Um relátório das Nações Unidas aponta que este é um exemplo do que tratados globais podem alcançar.
A camada de ozônio foi danificada devido a composto químicos artificiais conhecidos como clorofluorcarbonos (CFCs), presentes em objetos como latas de aerosol, geladeiras, insulações de espuma e aparelhos de ar condicionado. Em 1985, um buraco foi descoberto no Polo Sul, e no fim dos anos 1990, quase 10% da camada de ozônio superior desapareceu. Desde os anos 2000, porém, a camada de ozônio voltou a se recuperar, numa velocidade de 3% a cada dez anos, segundo o relatório da ONU.
As coisas começaram a melhorar devido ao acordo internacional do Protocolo de Montreal, que garantiu que empresas tirassem esses produtos nocivos de catálogo. 180 países assinaram o protocolo.
Infelizmente ainda não está tudo bem. “Estamos num ponto em que a recuperação apenas começou”, afirma o pesquisador da Universidade do Colorado Brian Toon, que não participou do relatóio. A preocupação é que a emissão crescente de alguns compostos químicos ricos em clorinos diminuam o progresso feito na recuperação da camada de ozônio. Esses produtos são fabricados em países como a China e são usados em tintas e para criar PVC, sem regulamento algum.
Muitos especialistas são mais otimistas, porém. Se a emissão em massa de compostos químicos nocivos não tivesse sido desacelarada a partir dos anos 1980, a Terra estaria numa situação muito pior.